Os analistas Thiago Duarte, Guilherme Guttilla e Bruno Henriques avaliaram que, apesar de uma leve melhora no 4° tri, os resultados ajustados ainda ficaram abaixo das expectativas.
As ações da M.Dias Branco (MDIA3) sobem 0,48%, a R$ 24,17, às 12:56.
A receita líquida de R$ 2,5 bilhões refletiu ganhos moderados em volume e preços, mas o cenário competitivo pressionou a estratégia de reajuste de preços.
Além disso, a empresa enfrenta desafios estruturais para recuperar margens Ebitda ao nível histórico de 15-20%.
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A análise ressaltou que a alta dos custos de commodities, como o óleo de palma (+16% em real t/t), impactou negativamente a lucratividade.
O trade-off entre aumentar preços e manter participação de mercado se mostrou crítico, especialmente após perdas de volume no segundo semestre de 2024.
Para 2025, o consenso de mercado projeta um Ebitda de R$ 1,2 bilhão, considerado otimista pelos analistas.
Por fim, o BTG (BPAC11) destacou que a falta de visibilidade operacional e o custo de capital elevado tornam o papel menos atrativo.
Com um valuation esticado (P/L de 16x para 2025), os analistas mantêm uma postura cautelosa, sugerindo que a ação pode continuar enfrentando dificuldades no curto prazo.
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Destaques do documento:
• A receita líquida totalizou R$ 2,5 bilhões (-10% a/a; +4% t/t)” , conforme destacam os analistas Thiago Duarte, Guilherme Guttilla e Bruno Henriques. Esse resultado reflete uma recuperação parcial após quedas recentes, embora ainda abaixo das projeções ajustadas. A empresa ajustou preços modestamente para competir, mas enfrentou pressões externas significativas.
• Acreditamos que a companhia tenha reajustado seus preços abaixo da concorrência” , afirmam os analistas. Essa estratégia foi adotada para recuperar participação de mercado, especialmente em categorias como biscoitos e farinha. No entanto, o aumento de commodities dificultou a sustentação dessa abordagem competitiva.
• No consolidado do ano, a companhia reportou ganhos de participação de mercado em biscoitos” , explicam os especialistas. Apesar disso, a queda de volume no segundo semestre trouxe dúvidas sobre a consistência desses ganhos. A pressão competitiva segue sendo um obstáculo relevante.
• Há tempos questionamos se a margem Ebitda poderia retornar ao intervalo de 15-20%” , dizem os analistas. Os resultados recentes reforçam essa incerteza, com commodities pressionando custos. A recuperação de margens parece distante no cenário atual.
• O consenso atualmente projeta um Ebitda próximo de R$ 1,2 bilhão para 2025″ , comentam Thiago Duarte, Guilherme Guttilla e Bruno Henriques. No entanto, esse número é visto como otimista, dada a falta de clareza operacional e os desafios macroeconômicos atuais.
• Mantemos nossa visão cautelosa sobre o papel” , concluem os analistas. O valuation esticado e o custo de capital elevado limitam o potencial de valorização. Diante disso, a recomendação “neutra” é reiterada, com preço-alvo de R$ 25.