As ações da Petrobras (PETR3; PETR4) saltam aproximadamente 4% após o anúncio de um reajuste de 16,3% nos preços médios da gasolina e de 25,8% nos do diesel vendidos a distribuidoras, que vale a partir de quarta-feira, depois de integrantes do setor protestarem que os valores estavam defasados em relação ao mercado internacional, após uma alta das cotações do petróleo.
O preço médio da gasolina foi elevado em R$ 0,41 real, a R$ 2,93. Já o diesel foi elevado em R$ 0,78 por litro, a R$ 3,80.
A Petrobras disse que no ano a variação acumulada do preço de venda de gasolina A para as distribuidoras é uma redução de R$ 0,15 por litro, enquanto no diesel ainda há uma queda acumulada de R$ 0,69 por litro.
“Consideramos a aplicação do reajuste como positiva para as ações da empresa, uma vez que esta afasta rumores sobre o prevalecimento estrito de decisões políticas em assuntos estratégicos. Ademais, preconiza que independentemente da formação de sua gestão, o fundamento técnico segue prevalecendo à luz da Lei das Estatais”, avaliam os analistas da Ativa Investimentos em relatório enviado a clientes.
A corretora segue com uma posição “neutra” sobre as ações da estatal. Os papéis da Vibra (VBBR3) disparam quase 7% em reação à notícia e com o mercado avaliando o balanço da companhia na véspera.
Mesmo com a mudança nos preços, o cenário médio de preços está com uma defasagem média de -9% no diesel e de -12% para a gasolina.
A distribuidora também disse, em teleconferência, que passou a considerar a compra de diesel russo como uma alternativa, após entender que a vinda ao Brasil do produto com desconto ante outras origens mais tradicionais “é estrutural e não oportunística”, disse nesta terça-feira o CEO da companhia, Ernesto Pousada.
Já a Raízen (RAIZ4) negocia com leve alta de 1%.
(Com Reuters)