O recente anúncio da SLC Agrícola (SLCE3) sobre a expansão de suas terras cultivadas em 3% foi recebido com otimismo pelos analistas do BTG Pactual, mostra um relatório enviado a clientes nesta sexta-feira (19) assinado pelos analistas Thiago Duarte, Guilherme Gutilla e Bruno Lima.
A empresa anunciou que firmou um acordo com o Grupo RZK para formar uma joint venture chamada Fazenda Preciosa. A SLC deterá uma participação de 55% na JV, que administrará uma área de 21,8 mil hectares em Querência, Mato Grosso.
Os analistas ressaltam que a transação está alinhada à estratégia de crescimento da SLC, reafirmando seu modelo asset-light.
A empresa planeja cultivar soja, milho (segunda safra) e algodão na nova área, com previsão de início de operação na próxima safra 2024/25. A empresa passará a ter 423 mil hectares arrendados, o que representa 63% do total.
Recomendação para a SLC
Os analistas do BTG Pactual acreditam que os investidores receberão positivamente esta notícia.
“Acreditamos que os investidores irão receber positivamente esta notícia”, afirmam.
Eles também destacam a expectativa de um clima mais normalizado no próximo ano-safra, apoiado pelo La Niña, que deverá permitir à SLC colher mais de 710 mil hectares em 2025.
A SLC irá operar o terreno e receberá uma taxa de administração, além de 55% dos juros com base em sua participação na JV.
Os analistas reiteram a recomendação de compra das ações da SLC.
“Continuamos compradores das ações. Apesar das tendências desfavoráveis dos preços dos grãos, especialmente da soja este ano, vemos que as ações oferecem geração de caixa (% do valor de mercado) de dois dígitos, apesar dos ventos contrários nos preços das commodities”, afirmam.
O preço-alvo é de R$ 24.