As ações da Vale (VALE3) foram reiteradas como as preferidas do Santander no ambiente de mineração e siderurgia, enquanto o segmento de minério de ferro é o escolhido em relação ao aço.
Os analistas Yuri Pereira e Giovana Langanke cortaram o preço-alvo para os ativos em 2025 de R$ 90 para R$ 75, mas reiteraram a recomendação de compra.
“Projetamos preços médios de minério de ferro em US$ 115,00 por tonelada em 2025. Também estimamos dividendos de US$ 3,8 bilhões (dividend yield de ~9%), com dívida líquida expandida projetada para atingir US$ 13 bilhões até 2025, abaixo da meta da empresa”, explicam.
O banco projeta dividendos extraordinários em seu cenário base.
“Em termos de valuation, a Vale está sendo negociada a um EV/Ebitda 2025E de 3 vezes, representando um desconto de 35% em relação à média histórica de 10 anos e 36% abaixo de seus pares australianos na Bloomberg”, ressaltam.
Gerdau e CBA
Para a Gerdau (GGBR4), o Santander manteve a recomendação de compra.
A explicação está na expectativa de continuidade da apresentação de resultados robustos nos próximos trimestres, apesar dos desafios no mercado norte-americano.
“Mantemos nossa preferência pelo cobre em detrimento do lítio”, dizem Pereira e Langanke.
Eles projetam um preço médio do cobre em 2025 de US$ 4,2/lb (vs. US$ 4,0/lb anteriormente). “Quanto ao lítio, projetamos um preço médio de US$ 10 mil/t em 2025 (vs. US$ 15,5 mil/t anteriormente)”, ressaltam.
Para o setor de alumínio, a visão construtiva foi mantida, com preços acima dos custos marginais em um mercado mais equilibrado com a produção chinesa limitada.
A recomendação de compra para as ações da CBA (CBAV3) foi mantida.