O BMG (BMGB4) reportou um lucro líquido recorrente de R$ 125 milhões no 4° tri de 2024, crescendo 7,8% trimestralmente e 0,8% anualmente, alinhado às expectativas.
O ROE atingiu 11,7%, refletindo uma melhora gradual, mas ainda abaixo do ideal. O desempenho foi impulsionado pelo crescimento da carteira de crédito (+4,5%) e controle das despesas operacionais.
No entanto, desafios como a pressão regulatória e o aumento dos juros seguem impactando o cenário.
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Apesar dos múltiplos descontados, a Genial mantém recomendação de “manter“, com preço-alvo de R$ 4,40, implicando um upside de 10,6%.
O banco enfrenta pressões na margem financeira e no capital regulatório, além de limitações no consignado INSS.
A venda de carteiras deve continuar como estratégia para sustentar o crescimento em 2025, mas o ambiente econômico permanece desafiador.
Veja o que a Genial Investimentos disse sobre o BMG
• Crescimento da carteira de crédito impulsiona resultados. A carteira total cresceu 4,5% no trimestre, alcançando R$ 26,3 bilhões. O destaque foi o crédito para empresas (+26%) e o consignado nos EUA (+16%), beneficiado pela apreciação do dólar. No entanto, o consignado perdeu participação na carteira, contrariando a estratégia de foco nos produtos core, com desaceleração nas concessões devido à limitação regulatória e alta da Selic.
• Pressão regulatória impacta capital e Basileia. O capital principal caiu para 9,7%, e o índice de Basileia recuou para 13,2%. A Resolução CMN 4.966 deve reduzir o capital em -0,4pp ao ano até 2028, iniciando 2025 em 9,3%. Para mitigar os efeitos, o BMG continuará vendendo carteiras, como consignado privado nos EUA e FGTS, embora estas sejam opções secundárias de monetização de ativos no curto prazo.
• Margem financeira enfrenta desafios estruturais. O NII cresceu apenas 0,9% no trimestre, pressionado pelo custo de funding. Sem o efeito positivo da venda de carteiras (R$ 51 milhões), o NII teria caído -2,7%. A alta da Selic eleva o custo de captação, impactando negativamente a margem financeira. O banco ajusta sua estrutura de passivos, mas o cenário segue desafiador para manter spreads atrativos e rentabilidade.
• Controle de despesas operacionais sustenta resultados. As despesas operacionais subiram apenas 0,2%, alinhadas à inflação. O destaque foi a queda nas despesas com pessoal (-2,8%), após a venda da BMG Seguros no 3° tri. As despesas administrativas permaneceram controladas (+1,0%), contribuindo para a melhora no índice de eficiência, que caiu para 51,4%, reforçando a eficácia das medidas de gestão de custos adotadas pelo banco.
• Inadimplência melhora, mas cobertura preocupa. A inadimplência acima de 90 dias caiu -0,3 p.p., para 4,4%. No entanto, o índice de cobertura recuou -8,8 p.p., atingindo 90,5%, impactado pela formação de NPL. Apesar da melhora pontual na maioria das carteiras, operações como consignado nos EUA e estruturadas apresentaram deterioração, aumentando o custo de crédito e pressionando a rentabilidade. A tendência é de cautela no monitoramento desses indicadores em 2025.