As ações de empresas de energia elétrica eram destaque positivo na bolsa paulista nesta quinta-feira, com o índice do setor avançando mais de 2%, enquanto o Ibovespa (IBOV), referência do mercado acionário brasileiro, mostrava acréscimo de apenas 0,41%.
Por volta de 13:40, Energisa Unit (ENGI11) subia 4,05%, enquanto Copel PNB valorizava-se 3,46%, e Equatorial ON tinha alta de 3,33%, respondendo pelo melhores desempenhos do setor no Ibovespa. Fora do índice, Light (LIGT3) disparava 11,37%.
No caso de Copel (CPLE3), a companhia anunciou na véspera que seu programa de demissão voluntária (PDV) teve 1.437 adesões efetivadas, com custo estimado de 610 milhões de reais referentes a indenizações e despesas adicionais.
A medida, porém, deve representar economia anual de 428 milhões de reais.
Quanto à Light, o jornal O Estado de S.Paulo publicou na quarta-feira à noite que a distribuidora de energia do Grupo Light, em recuperação judicial, pode ser retirada do processo que envolve a holding, se forem bem sucedidas as negociações com credores em torno de um plano de reestruturação das dívidas que está sendo desenhado.
A Light Energia, subsidiária de geração e transmissão da Light, já havia solicitado à Justiça sua retirada do processo de recuperação judicial do grupo.
Para o analista Luis Novaes, o que pode estar também impulsionando os ativos do setor de energia, além de eventos específicos às empresas, seria a expectativa de o setor não ser enquadrado no imposto seletivo a ser criado após a reforma tributária, representando menor pressão tributária.
“É um ponto que ainda está em discussão e o setor poderia ser enquadrado pelo seu impacto no meio ambiente”, observou.
De acordo com reportagem do jornal O Estado de S.Paulo desta quinta-feira, o relator da Reforma Tributária no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM), vai propor no seu relatório a retirada do setor de energia elétrica da cobrança do novo Imposto Seletivo, que incidirá sobre produtos considerados nocivos à saúde e ao meio ambiente.