Os fluxos recentes do mercado de ações têm revelado uma preferência pela Índia em detrimento da China, revela um relatório publicado pelo Société Génerale nesta segunda-feira (5) e obtido pelo Dinheirama.
“A falta geral de sentimento positivo em relação às ações chinesas – além de arrastar o mercado para baixo – também está a causar turbulência no apetite ao risco local”, avalia o time de Ásia do banco liderado por Puneet Singh.
Segundo ele, uma forma de medir isso é observar o diferencial entre os retornos de abertura-fechamento e de máximo-mínimo em um determinado dia.
“Num mercado que funciona bem, com capital de risco alocado com base nas oportunidades, é prudente esperar que o mercado abra potencialmente perto do mínimo (num mercado com tendência ascendente) e feche perto do máximo”, revela.
No entanto, as perturbações neste indicador normalmente sinalizam uma falta de apetite pelo risco – não apenas por parte dos investidores externos, mas também por parte dos investidores locais, indicando que a liquidez está potencialmente a tornar-se escassa.
“Isto é precisamente o que vemos neste momento nas ações chinesas, que correm um risco mais elevado comparativamente a outros importantes mercados emergentes da Ásia”, pontua.
Esta falta de liquidez indica um obstáculo de risco mais elevado – o que implica que algo bastante significativo precisa de acontecer para virar o sentimento a favor dos mercados acionistas chineses, descreve o banco.
ETF na B3
Na B3, o ETF Ishares MSCI Índia ETF (BNDA39), que acompanha o desempenho das ações de empresas de grande e média capitalização do mercado indiano, tem valorização de 20% em um ano.
Com 101 companhias, o índice cobre aproximadamente 85% do universo de ações da Índia.
Desempenho do Ishares MSCI Índia ETF BNDA39 em relação aos principais índices de ações da China em 12 meses