Existe uma enorme curiosidade por parte das pessoas quando o assunto é dinheiro e riqueza. No Brasil a mulher mais rica era Dirce Camargo, viúva do fundador do grupo Camargo Corrêa, Sebastião Camargo e sua fortuna estava estimada em US$ 11,5 bilhões (R$ 22,6 bilhões).
Dirce Navarro de Camargo morreu em casa, aos 100 anos, na tarde do último sábado (20). A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do grupo.
Segundo o ranking da revista Forbes, Dirce era dona da quarta maior fortuna do Brasil, ficando atrás apenas de Jorge Paulo Lemann (US$ 17,8 bilhões) da 3G Capital, Joseph Safra (US$ 15,9 bilhões) do Banco Safra e Antônio Ermínio de Moraes (US$ 12,7 bilhões) do grupo Votorantim.
A empresária voltou a circular na lista dos bilionários brasileiros em agosto do ano passado, quando a agência de informações financeiras Bloomberg revelou que ela era beneficiária da maior parte das ações do Morro Vermelho, holding controladora do grupo.
De acordo o ranking da Bloomberg, no entanto, Dirce era a segunda pessoa mais rica do país, com uma fortuna avaliada em US$ 13,8 bilhões – ficando atrás apenas de Jorge Lemann. O montante lhe garantia a 62ª posição mundial.
Conglomerado
Dirce assumiu a Camargo Corrêa em 1994, após a morte de seu marido e fundador do grupo, Sebastião Camargo. Depois de um curto período à frente do conselho de administração, ela deixou o comando nas mãos de uma equipe de gestores da qual fazem parte, hoje, seus dois genros.
A Camargo Corrêa é uma holding familiar de capital fechado e tem mais de 73 anos de atuação. Hoje, o conglomerado detém a terceira maior construtora do Brasil, 17% da CCR (rodovias), 24,4% da CPFL (eletricidade), quase 95% da Cimpor (cimentos) e o controle da Alpargatas – fabricante das sandálias Havaianas.
Segundo dados levantados pela Bloomberg, o grupo faturou US$ 8,6 bilhões em 2011, sendo que 30% foram garantidos pela construtora Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário (CCDI), cujo capital foi fechado em 2012.
Com a morte de Dirce, as ações do Morro Vermelho passam definitivamente para o controle das filhas do casal Camargo – Regina, Renata e Rosana. Os títulos já estavam distribuídos igualitariamente entre as três, mas a empresária mantinha algumas ações com direito de usufruto até sua morte.
Renata e Regina são representadas na empresa por seus maridos, Luiz Roberto Ortiz Nascimento e Carlos Pires Oliveira Dias, que fazem parte do conselho de administração. Fernando Arruda Botelho, marido de Rosana, morreu em um acidente aéreo em 2012.
Fundada em 1939, a Camargo Corrêa participou de inúmeras obras de grande porte no Brasil, como a Ponte Rio Niterói, a Rodovia Transamazônica e a construção de Brasília. Em 2011, contava com 58,4 mil funcionários e, atualmente, participa da construção das usinas de Belo Monte e Jirau.
Fontes: iG | R7 | Folha. Foto: divulgação / Folhapress