Mais da metade das negociações coletivas com vigência em agosto resultaram em ajustes salariais abaixo da inflação. As informações são da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), com base em dados do Ministério do Trabalho.
Das 162 negociações de ajuste analisadas, 17 não só não conseguiram repor a inflação como levaram à redução de salário e de jornada. No acumulado desde janeiro de 2015, esse número chega a 527 acordos, sendo que 131 deles utilizaram o Programa de Proteção ao Emprego.
O número de negociações abaixo do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) acumulou 9,6% até agosto. Esta quantidade vinha caindo desde janeiro, quando quase 70% dos acordos ficaram nessa faixa. Em junho, esse percentual foi de apenas 22%.
Em julho e agosto, porém, o número cresceu para 36,2% e 51,8%, respectivamente.
Para ministro da Saúde PEC do Teto pode não ser aprovada
O ministro da Saúde, Ricardo Barros, em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, comentou sobre o ajuste fiscal.
Ele disse não ter certeza de que um dos pilares desse ajuste, a proposta de emenda constitucional (PEC) que limita gastos públicos, feita pelo governo de Michel Temer, será aprovada no Congresso.
“Não tenho certeza de que a PEC do Teto será aprovada. Não estou acompanhando quais são as pressões para se construir a maioria”.
Apresentada há pouco mais de dois meses, a PEC fixa um teto para gastos da União. Pela proposta, o orçamento seria equivalente ao valor desembolsado no ano anterior, corrigido pela inflação daquele exercício.
A regra valeria para o orçamento como um todo. A divisão das “fatias” entre as áreas seria flexível.
Saúde e educação, no entanto, seguiriam uma lógica própria: para as duas áreas seria garantido um piso, correspondente ao que foi gasto no ano anterior, corrigido pela inflação.
A PEC, no entanto, tem resistência dentro da própria base aliada. Propostas de emenda já foram apresentadas por parlamentares integrantes da bancada de apoio ao governo.
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Quase metade dos auxílios-doença do INSS estão sob suspeita
De 1,6 milhão de auxílios-doença pagos em maio de 2015, 45% tinham algum indício de irregularidade. O levantamento foi feito pela Controladoria-Geral da União, em 57 das 104 Gerências Executivas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) no país.
O levantamento, feito em duas etapas entre 2012 e 2015, revela também algumas falhas encontradas no INSS.
Naquele mês:
- 721 mil benefícios eram mantidos há mais de dois anos;
- 2,6 mil pagos a segurados diagnosticados com doenças que não geram incapacidade;
- 77 mil a beneficiários com doenças que têm prazo de retorno ao trabalho inferior a 15 dias; e
- 500 mil benefícios foram concedidos ou reativados por meio de ação judicial, sem perícia médica ou com perícia há mais de dois anos.
Esses fatores, segundo a controladoria, podem indicar que os benefícios estavam sendo pagos indevidamente aos segurados.
Uma das falhas que o levantamento aponta é a espera para agendar a perícia, que levava, em média, 24 dias. Isso está longe do ideal de cinco dias estabelecido pelo próprio INSS.
Para a controladoria, essa espera levou muitos segurados à Justiça e eles acabaram garantindo o auxílio sem ter de comprovar a incapacidade para o trabalho.
O principal resultado deste levantamento é a medida provisória 739, publicada em julho, que determina o pente-fino nos benefícios por incapacidade.
Mercado Financeiro
O Federal Reserve, definirá hoje a taxa de juros nos EUA. A expectativa é de que a manutenção da taxa atual se mantenha.
O Ibovespa, principal benchmark da Bolsa de Valores de São Paulo, operava às 11h33 em alta de +0,38% com 57.953 pontos, enquanto o dólar caía -0,74%, sendo negociado por R$ 3,24.