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Aliexpress “tem no Magalu”: acordo vai salvar a Magazine Luiza?

Anúncio é visto como positivo para os analistas, mas não como um "game changer" para o cenário de forte concorrência

por Gustavo Kahil
3 min leitura
Magazine Luiza
Magazine Luiza
(Imagem: Reprodução/ Youtube do Magazine Luiza)

As ações do Magazine Luiza (MGLU3) decolaram acima de 12% nesta segunda-feira (24), após o anúncio de um acordo com a chinesa Aliexpress para a listagem e venda de seus produtos em ambas as plataformas.

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Aliexpress, do Alibaba, venderá como seller do marketplace do Magazine Luiza (3P), enquanto a companhia brasileira oferecerá produtos do seu estoque próprio na plataforma brasileira do Aliexpress.

Conforme o comunicado, o Aliexpress oferecerá itens da sua linha Choice, um serviço de compras premium, incluindo produtos com o melhor custo-benefício e velocidade de entrega.

“Os pedidos realizados no Magalu serão importados por meio do programa Remessa Conforme, impulsionando a operação cross border da companhia”, afirmou a empresa brasileira.

Ações do Magazine Luiza

Para a Ativa Investimentos, a parceria é positiva, podendo ampliar o 1P do Magalu, além de melhorar o sortimento da companhia.

“Porém, não acreditamos que apenas isto resolva a competitividade do Magalu com players como Mercado Livre e Amazon, ainda tendo um caminho para se provar competitivo. Seguimos neutros em nossa recomendação”, alerta a corretora. O preço-alvo é de R$ 17,40.

A XP também vê o anúncio de uma maneira benéfica, pois expande rapidamente o alcance da empresa nas categorias cross-border de cauda longa – produtos mais específicos, porém com menos demanda -, enquanto abre um novo canal de vendas, “embora em nossa visão este seja limitado, dado o posicionamento do AliExpress”.

A recomendação também foi mantida em neutra por “um cenário macro ainda difícil”.

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“Fizemos uma rápida verificação de preços em uma amostra limitada de SKUs e chegamos à conclusão de que as ofertas de cauda longa do AliExpress são de fato mais atraentes do que as da MGLU, com preços médios 10% mais baixos, já considerando os custos de frete e o imposto de importação”, ressaltam Danniela Eiger, Gustavo Senday e Laryssa Sumer.

Concorrência de plataformas

Por outro lado, o anúncio também sinaliza que o cenário competitivo e as perspectivas de crescimento dos marketplaces estrangeiros estão mais desafiadores no país.

A XP lembra que a consolidação é um movimento para lidar com o imposto de importação recentemente aprovado e a chegada de Temu.

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