A Amazon (AMZN; AMZO34) foi processada em uma ação coletiva nos Estados Unidos que acusa a varejista digital de violar uma lei de proteção ao consumidor, ao direcionar centenas de milhões de consumidores para itens de preços mais altos, a fim de ganhar lucros adicionais.
De acordo com uma queixa apresentada na quinta-feira no tribunal federal de Seattle, o algoritmo da Amazon para escolher o que exibir em sua “Buy Box”, quando os compradores pesquisam produtos, muitas vezes oculta opções de preços mais baixos com prazos de entrega mais rápidos.
Citando o recente processo antitruste contra a Amazon pela Comissão Federal de Comércio dos EUA e 17 Estados, a denúncia diz que os compradores escolhem as opções da Amazon quase 98% das vezes, clicando nos botões “Comprar agora” ou “Adicionar ao carrinho”, muitas vezes acreditando falsamente que a Amazon encontrou os melhores preços.
A Amazon supostamente criou o algoritmo para beneficiar os vendedores terceirizados que participam de seu programa Fulfillment By Amazon e pagam “taxas pesadas” por armazenamento do estoque, embalagem e envio, devoluções e outros serviços, segundo o processo.
“Ao mesmo tempo em que identifica ostensivamente a seleção que os consumidores fariam se considerassem todas as ofertas disponíveis, o algoritmo Buy Box da Amazon favorece de forma enganosa os lucros da própria Amazon em detrimento do bem-estar do consumidor”, diz a denúncia.
A Amazon não quis comentar.
A queixa foi apresentada pelos residentes da Califórnia Jeffrey Taylor e Robert Selway.
A ação busca indenização pelas supostas violações da Amazon, desde 2016, de uma lei do Estado de Washington contra práticas comerciais enganosas, que resultaram em um “grande fardo para seus clientes”, de acordo com o advogado dos autores, Steve Berman.
O caso difere de outros litígios privados sobre a “Buy Box” por se concentrar nos danos causados aos consumidores por práticas enganosas, em vez de violações antitruste ou danos aos vendedores que não aderem ao programa de atendimento da Amazon.