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Ambev precisa abaixar o preço das cervejas, alerta analista

Análise do BTG Pactual sobre a Ambev (ABEV3): confira a prévia sobre o balanço do 4° trimestre 2023 com ventos favoráveis nos custos

por Gustavo Kahil
3 min leitura
Cerveja Ambev

A Ambev (ABEV3) precisa ficar atenta à concorrência e reduzir o preço dos seus produtos, alerta o time de análise do BTG Pactual em um relatório enviado a clientes em uma prévia sobre o balanço do quarto trimestre de 2023.

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Os analistas Thiago Duarte, Henrique Brustolin e Bruno Lima entendem que a empresa está em uma posição mais forte, com “ventos favoráveis” nos custos que devem continuar em 2024.

“A confirmação dos ganhos de eficiência de SG&A (despesas gerais, comerciais e administrativas) no quarto trimestre de 2023 também permite maiores expectativas de ganhos de margem à frente”, explicam.

As estimativas para 2024 do BTG Pactual estão abaixo do consenso e vemos a Ambev negociando praticamente no mesmo nível de seus pares globais — deixando pouco argumento baseado em valuations.

Veja o desempenho das ações da Ambev nos últimos 12 meses

Do que a Ambev precisa?

O BTG explica que a capacidade de sustentar o momento positivo de receita em Brasil é fundamental. Desde o início da pandemia, o banco se disse agradavelmente surpreendidos com o dinamismo do setor e com o fervor da Ambev por participação de mercado.

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“À medida que a concorrência aumenta e o poder de compra da cerveja atinge os níveis mais altos historicamente, nos perguntamos se não será necessário abrir mão de preço”, apontam Duarte, Brustolin e Lima;

Segundo eles, nos últimos três anos, contribuíram uma combinação de mix de produtos: garrafas retornáveis através do reposicionamento de preços e reabertura on-trade, iniciativas de gestão de receitas impulsionadas pelo BEES (descontos mais baixos) e uma concorrência estagnada.

“O portfólio da marca será agora submetido ao teste final. Permanecemos neutros por enquanto”, concluem. O preço-alvo projetado é de R$ 15.

Resultados

Para o balanço do final de 2023, que será divulgado no dia 29 de fevereiro, antes da abertura do mercado, o BTG explica que a operação na Argentina provavelmente poluirá um trimestre decente no Brasil.

O BTG estima receitas, EBITDA e LPA de R$ 22,1 bilhões, R$ 7,6 bilhões e R$ 0,30, traduzindo-se em uma margem EBITDA de 34,1%.

“O crescimento de estes itens com base nos números anuais reportados deve desacelerar em relação aos trimestres recentes, mas isso deve ser principalmente uma função da conversão cambial desfavorável da Argentina. Esperamos que o Brasil e a CAC (Caribes) acelerem o EBITDA”, explicam.

Os analistas estimaram que a contabilização da hiperinflação e a reclassificação de trimestres anteriores levarão a números reportados ainda mais baixos, mas optaram por ignorar isto para evitar perder a noção da “velocidade de cruzeiro” real do negócio.

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