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Americanas diz em nota que ex-CEO mente e que “lamenta” posição do Bradesco

Varejista afirma que Miguel Gutierrez está mentindo e apresenta uma lista de contraprovas aos argumentos do ex-executivo

por Gustavo Kahil
3 min leitura
O Bradesco é o maior credor da Americanas, com R$ 4,8 bilhões a receber

A Americanas (AMER3) afirma que o ex-CEO, Miguel Gutierrez, está mentindo sobre a sua inocência no caso de fraude da varejista. Em um extenso documento publicado nesta segunda-feira (11), a varejista rebate as declarações do executivo.

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O posicionamento de Gutierrez faz parte de um processo judicial autoria do Bradesco, efetuado em janeiro, que pede a impugnação de créditos fiscais da empresa.

A manobra do banco é uma tentativa de receber os recursos antecipadamente na recuperação judicial.

O Itaú, Santander e ABC Brasil, entretanto, são contra esta posição e pediram à 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, no fim de agosto, que seja rejeitado o pedido do Bradesco.

A Americanas disse que “lamenta a posição da instituição financeira, não compartilhada pelos demais bancos credores da companhia, que seguem empenhados num consenso”.

Carta à CPI

Além disso, na semana passada, Gutierrez enviou uma carta de 17 páginas (veja aqui) aos membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a crise na rede varejista.

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No documento, Gutierrez afirma que “nunca soube” que a pressão dos controladores da Americanas por resultados “teria levado a atos de manipulação da contabilidade”.

Ele afirma que o setor tinha “forte influência e controle” dos controladores, os bilionários Carlos Alberto Sicupira, Jorge Paulo Lemann e Marcel Telles.

A Americanas ressaltou que “foram identificadas várias contradições e mentira”” nas alegações contidas na carta apresentada por Miguel Gutierrez. Além disso, afirma que ele não conseguiu responder aos fatos levados pela companhia à CPI em junho (veja aqui).

Em uma delas, por exemplo, Gutierrez afirma que a companhia passava por situação financeira difícil no segundo semestre, que precisaria de aporte de capital e que todos os órgãos da administração tinham ciência desse fato.

No entanto, os documentos disponibilizados à CPI mostram que Gutierrez teria apresentado aos conselheiros uma visão de que a Americanas geraria R$ 500 milhões de caixa no 4º trimestre de 2022.

Veja o documento da Americanas:

Lista de credores da Americanas:

Bradesco (BBDC4): R$ 4,8 bilhões;

Santander Brasil (SANB11): R$ 3,6 bilhões;

BTG Pactual (BPAC11): R$ 3,5 bilhões;

BV (Votorantim: R$ 207 milhões;

Itaú Unibanco (ITUB4): R$ 2,9 bilhões;

Safra: R$ 2,5 bilhões;

Banco do Brasil (BBAS3): R$ 1,3 bilhão;

Daycoval: R$ 509 milhões;

Caixa Econômica Federal: R$ 501 milhões;

Banco ABC Brasil: R$ 415,6 milhões;

BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social: R$ 276 milhões

Banco da Amazônia (BAZA3): R$ 103 milhões.

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