A Americanas (AMER3) disse nesta terça-feira à noite que Comitê Independente criado para apurar as circunstâncias da fraude contábil de aproximadamente R$ 25 bilhões confirmou as inconsistências relatadas em janeiro de 2023, mostra um documento enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
Segundo a empresa, as evidências apontaram para “lançamentos indevidos na conta Fornecedores, por meio de contratos fictícios de VPC (verbas de propaganda cooperada) e por operações financeiras conhecidas como ‘risco sacado’, dentre outras operações fraudulentas e incorretamente refletidas no balanço”.
“Os responsáveis por comandar ou orquestrar as fraudes identificadas não mais integram os quadros da companhia”, disse a Americanas.
Com isso, o Conselho de Administração orientou a diretoria, juntamente com seus advogados, a tomar as providências necessárias para a comunicação às autoridades competentes, sendo o Ministério Público Federal, Polícia Federal, Comissão de Valores Mobiliários e demais autoridades.
“A companhia continuará colaborando integralmente com as investigações em curso. Adicionalmente, o Conselho de Administração orientou que a Diretoria avalie as medidas a serem adotadas para a defesa dos interesses sociais da Companhia e o ressarcimento pelos prejuízos a ela causados”, conclui o texto.
Ex-CEO
O Ministério Público Federal (MPF) solicitou na semana passada à 10ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro a extradição do ex-presidente-executivo da Americanas (AMER3) Miguel Gutierrez, alvo de uma operação da Polícia Federal que apura a sua participação e a de outros ex-executivos da varejista em uma fraude bilionária.
Gutierrez chegou a ser preso em Madri, mas foi solto no dia seguinte. Segundo sua defesa, ele “compareceu espontaneamente” ante as autoridades policiais e jurisdicionais para prestar os esclarecimentos solicitados.
Veja o documento da Americanas