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Analisando divergências entre Preços e Indicadores com eficácia

por Marcos Abe
3 min leitura

Analisando divergências entre Preços e Indicadores com eficáciaQuem já tem alguma noção sobre Análise Técnica[bb] sabe que há vários indicadores, frutos de manipulações matemáticas de preços e volume, que nos ajudam a avaliar os vários aspectos envolvidos nos movimentos dos ativos negociados em bolsas. Um padrão muito importante que alguns indicadores formam (osciladores e indicadores baseados em volume) é a divergência que geram em relação ao movimento dos preços.

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Uma divergência é identificada quando os topos ou fundos formados pelos indicadores são incompatíveis com os topos ou fundos gerados pelos preços. As divergências são sinais de que um movimento a favor da tendência está enfraquecendo e pode ocorrer uma correção mais significativa ou até mesmo uma reversão da tendência. As divergências são classificadas em forte, média e fraca, e podem ser tanto altistas como baixistas.

Dentre todos os indicadores utilizáveis na análise de divergências, dou maior relevância ao IFR de 14 períodos e ao Histograma MACD. Vamos utilizá-los para estudar um exemplo onde explicarei uma divergência de baixa forte e como fazer bom uso dessa análise.

No exemplo abaixo, temos um gráfico da RSID3. Vamos supor que compramos o papel na correção que ocorreu até a média móvel de 21 períodos no ponto B. Nosso objetivo nessa operação seria vender no alvo dado pela extensão alternada de Fibonacci de 100%, indicado no gráfico. No ponto C estaríamos com nossa posição comprada, em aberto, aguardando a concretização do rompimento da resistência dada pelo topo A para, em seguida, alcançar nosso alvo de lucro.

Divergências, indicadores e preços - Figura 1

A essa altura, olhamos para o IFR14 e constatamos que, apesar dos preços terem avançado um pouco além do topo A, o indicador ainda continua em um nível inferior ao seu topo correspondente e virou para baixo a partir do ultimo dia de negócios[bb]. A isso chamamos de divergência de baixa forte, um padrão onde os preços estão formando um topo superior ao anterior e o indicador está gerando um topo inferior ao seu topo anterior. Esse padrão é uma indicação de desaceleração do movimento em curso.

Observe que o Histograma MACD também está formando uma divergência de baixa forte; veja como, em decorrência do último fechamento, na borda direita do gráfico, o indicador entrou em movimento descendente demonstrando o enfraquecimento dos compradores.

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Com o sinal de desaceleração dado por esses dois indicadores simultaneamente, temos uma evidência forte de que a operação pode não atingir nosso alvo. Neste caso, poderíamos vender no fim desse mesmo dia ou no after market, embolsando um lucro bem razoável (algo em torno de 10% ou 11% dependendo da forma que compramos e vendemos).

Por outro lado, se quiséssemos tentar alcançar o alvo que estabelecemos, poderíamos realizar lucro parcialmente ou até mesmo manter a posição inteira e estreitar o stop. Colocar o stop no nível do HiLo seria uma boa opção. Com essa segunda estratégia, estaríamos garantindo os lucros obtidos até então e ainda teríamos a possibilidade de aumentar os ganhos se a indicação de enfraquecimento do movimento não se confirmasse.

Veja abaixo que, no dia seguinte, o ativo iniciou um movimento que acabou se transformando numa tendência de baixa. Seja qual for a estratégia[bb] que tivéssemos adotado após a análise, teríamos garantido nosso lucro nesse movimento.

Divergências, indicadores e preços - Figura 2

Devo ressaltar que as divergências são apenas sinais de enfraquecimento de um movimento a favor da tendência. Elas nem sempre são confirmadas, mas nos dão uma boa indicação operacional. Uma pergunta que alguns leitores devem estar fazendo é se seria possível fazer uso dessa divergência baixista para abrir uma posição vendida e ganhar alguns bons trocados com essa baixa inicial dos preços.

Embora operações contra a tendência sejam mais arriscadas, quem realmente quisesse tentar aproveitar esse movimento de baixa anunciado poderia abrir uma posição vendida através do setup ISA (Impulse System Adaptado) apresentando em meu livro “Manual de Análise Técnica: Essência e Estratégias Avançadas” (Novatec), desde que houvesse disponibilidade de papéis para alugar. O ISA é um setup bastante versátil que utilizo para abrir posições tanto contra como a favor de tendências.

Finalizo aqui mais um artigo e convido os leitores a conhecerem minha obra onde ensino, além dos outros tipos de divergências, setups e estratégias vencedoras para operar na Bolsa de Valores. Fique atento porque publicarei mais artigos por aqui. Bons negócios!

Crédito da foto para freedigitalphotos.net.

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