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ANM repassa R$ 450,5 mi em royalties da mineração atrasados, diz ministério

O Ministério de Minas e Energia afirmou que tem trabalhado em conjunto com a agência para regularização de todas as parcelas da Cfem

por Reuters
A Agência Nacional de Mineração (ANM) concluiu na véspera o pagamento de parcela atrasada de maio de 450,5 milhões de reais em royalties (Imagem: Reprodução/communicationcy/PIxabay)

A Agência Nacional de Mineração (ANM) concluiu na véspera o pagamento de parcela atrasada de maio de 450,5 milhões de reais em royalties da mineração a municípios e Estados produtores, referente ao mês de abril, informou em nota o Ministério de Minas e Energia nesta sexta-feira, pontuando que os valores de agosto seguem atrasados.

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Em greve geral há mais de três semanas, a ANM havia atrasado o repasse de mais de 1 bilhão de reais da chamada Cfem aos municípios, informou à Reuters recentemente a Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais e do Brasil (Amig), que têm cobrado uma posição do governo federal para solucionar as diversas dificuldades sofridas pela autarquia.

O Ministério de Minas e Energia afirmou que tem trabalhado em conjunto com a agência para regularização de todas as parcelas da Cfem, e a expectativa é de que em setembro seja realizado o pagamento do mês de agosto, que está atrasado, além do repasse regular do mês.

Os servidores da ANM entraram em greve geral em 7 de agosto, depois de terem realizado ao menos outras 12 paralisações em busca de pressionar o governo por soluções para a autarquia, que tem seu menor contingente em 50 anos e enormes problemas como déficit orçamentário e financeiro, falta de estrutura e baixos salários.

Em um impasse, o governo apresentou a proposta de pagar o valor parcelado para a equiparação salarial com as demais agências em três anos, o que foi rechaçado pela categoria, que tem apontado que há recurso previsto no orçamento de 2023 para garantir a estruturação da ANM ainda neste ano.

Em entrevista recente à Reuters, o diretor da associação dos servidores da ANM (ASANM) Ricardo Peçanha ressaltou que, atualmente, de 2.121 cargos disponíveis apenas 664 estão ocupados.

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Do lado da segurança, Peçanha destacou que hoje 53 funcionários fiscalizam 911 barragens e há no total cerca de 125 mil empreendimentos minerários monitorados pela ANM.

Segundo Peçanha, em comparação a outras agências reguladoras, a defasagem salarial chega, em média, a 46%.

“O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem trabalhado para garantir a reestruturação e o fortalecimento do setor mineral e de todas as instituições necessárias ao seu pleno desenvolvimento, entendendo que o setor pode agregar mais ao PIB nacional”, afirmou a pasta em nota.

O ministério informou ainda nesta sexta-feira que Silveira defende transformar efetivamente a autarquia em uma agência reguladora em todas as suas dimensões, para que possa regular o setor mineral também com olhar econômico, social e de sustentabilidade.

Para isso, Silveira ressaltou a importância da reestruturação da carreira da agência, equiparando-a a das demais agências, a realização de concursos públicos, a criação de cargos comissionados e a possibilidade de maior orçamento.

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