Poucos poderiam ter previsto as oito equipes ainda de pé quando a Copa do Mundo feminina começou há três semanas e, mais surpreendentemente, as seleções que se foram.
Na Copa do Mundo mais aberta da história, Colômbia e França foram as duas últimas seleções a garantir vagas nas quartas de final, juntando-se a Espanha, Holanda, Japão, Suécia, Austrália e Inglaterra, após confrontos de tirar o fôlego.
Quando o torneio foi expandido para 32 times, houve apreensão sobre se as equipes de classificação inferior poderiam competir neste nível. Mas as preocupações foram dissipadas em meio a resultados surpreendentes.
O Japão é o único campeão de uma Copa do Mundo anterior que resta na competição, tendo vencido em 2011.
O tetracampeão Estados Unidos, que buscava se tornar o primeiro time a vencer três vezes seguidas, foi eliminado do torneio antes das semifinais pela primeira vez na história.
Também se foram a bicampeã Alemanha, a Noruega, ganhadora em 1995, o atual campeão olímpico Canadá, e o Brasil, que não era eliminado na fase de grupos desde 1995.
“Nada está fácil neste torneio”, disse a técnica Sarina Wiegman depois que a Inglaterra sobreviveu a um susto diante da Nigéria nas oitavas de final antes de vencer nos pênaltis.
No fim de uma era, a eliminação de Estados Unidos, Canadá e Brasil marcou as despedidas de Copa do Mundo nada auspiciosas para algumas das maiores ícones do esporte: Megan Rapinoe, Christine Sinclair e Marta.
Outras, como Linda Caicedo da Colômbia, Aitana Bonmati da Espanha e a consistente atacante Kadidiatou Diani da França, entraram no centro das atenções.
Agora, quem vai ganhar é uma incógnita.
Nadeshiko — batizada com o nome de uma flor rosa que simboliza a beleza japonesa — está em uma missão para apagar a memória de sua eliminação nas oitavas de final há quatro anos, e é a favorita do torneio depois de derrotar a Noruega por 3 x 1 nas oitavas de final.
Elas testarão suas credenciais na sexta-feira contra a Suécia, que eliminou os Estados Unidos do torneio em um pênalti decisivo medido em milímetros.
A espanhola La Roja já fez história com sua presença nas quartas de final. Elas se recuperaram de uma derrota feia por 4 x 0 para o Japão para despachar a Suíça por 5 x 1 nas oitavas de final.
A Espanha estará em ação nas quartas de final na sexta-feira contra a Holanda, que ficou invicta na fase de grupos em sua nona participação na Copa do Mundo, incluindo uma vitória por 7 x 0 sobre o Vietnã no placar mais elástico do torneio.
As australianas Matildas tiveram uma excelente campanha até as quartas de final, apesar de perderem a artilheira do time, Sam Kerr. Ela entrou no segundo tempo na vitória do time da casa por 2 x 0 sobre a Dinamarca nas oitavas de final e certamente será titular no que será uma emocionante partida de quartas de final contra a França no sábado.
As francesas “bleues” estão ansiosas para enterrar sua dolorosa eliminação nas quartas de final, há quatro anos, na França, e o técnico Hervé Renard disse que a pressão como anfitriã pode pesar muito sobre a Austrália.
“Esperamos fazer a Austrália passar exatamente pelo que a França passou quando era o país anfitrião em 2019”, disse Renard após a vitória por 4 x 0 sobre Marrocos na terça-feira.
A Inglaterra, quarta colocada no ranking, parece ser a favorita no sábado contra a Colômbia, o time com pior classificação entre os oito finalistas, na 25ª posição.
Mas a equipe colombiana tem desfrutado de mais apoio dos torcedores do que qualquer outro time, fora a Austrália. A Inglaterra também não poderá contar com a artilheira Lauren James, que recebeu cartão vermelho.