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Aprender a investir pode fazer a diferença?

por Leandro Martins
3 min leitura

Aprender a investir pode fazer a diferença?Acredito que possuir o mínimo de orientação financeira seja dever de todos, para assim valorizar seu patrimônio conquistado com muito sacrifício e trabalho. Trabalhamos, em média, 180 horas mensais e a maioria das pessoas não dispõe de 1 hora por mês para acompanhar os investimentos desse dinheiro conquistado nessas 180 horas. É preciso investir com inteligência seus rendimentos alcançados a partir de um controle eficaz de seu orçamento financeiro e de decisões fundamentadas em seus objetivos futuros.

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Pequenas atitudes fazem muita diferença. Apenas a obtenção de maior conhecimento o auxiliará no processo de desenvolvimento de suas habilidades financeiras, capacitando-o corretamente em suas escolhas e nas definições de metas e objetivos. Devemos equilibrar nossos gastos para realizar investimentos[bb] periódicos e alcançar no futuro próximo nossa liberdade financeira – onde o dinheiro poderá trabalhar por você.

Mesmo pequenos valores farão grandes diferenças no futuro. Faz parte do processo de poupar, valorizar qualquer quantia, por menor que seja, pois ela fará a diferença se aplicada por anos a juros compostos. Aliás, que tal recapitular a força dos juros sobre juros e demonstrar como pequenas economias podem levá-lo rumo a um futuro tranqüilo?

Abaixo ilustro essa situação com uma economia singela de apenas R$ 3,00 por dia (como, por exemplo, a de um ex-fumante), sem considerar a economia com os gastos em saúde decorrentes do cigarro. Veja uma aplicação de R$ 3,00 ao dia em investimento com taxa de retorno de 1% ao mês.

O poder de uma simples economia

Após dez anos é possível comprar um automóvel; após 20 anos, uma casa; após 40 anos a pessoa já é milionária; e após 60 anos, possui quase R$ 12 milhões investidos, poupança suficiente para uma aposentadoria bastante tranqüila – para qualquer um. Há muito o que fazer e onde economizar, e que em um prazo não muito distante fará de você uma pessoa despreocupada com sua aposentadoria ou com momentos emergenciais nos quais precisará utilizar recursos financeiros.

A seguir listo algumas das principais atitudes:

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  1. Saiba quanto é sua receita e quanto é sua despesa – monte e atualize sua planilha;
  2. Interprete seus gastos anualmente. Não desconsidere os pequenos valores;
  3. Não compre por impulso ou como terapia contra a depressão;
  4. Escolha os melhores momentos (exemplo: viaje em baixa temporada, decore sua casa nas promoções);
  5. Analise seus gastos e verifique se pode viver sem alguns deles – ou pelos menos reduzi-los;
  6. Sempre pesquise o melhor preço, prefira o pagamento a vista e negocie bons descontos;
  7. O limite de seu cartão ou do cheque especial não faz parte de sua renda, não os utilize;
  8. Esteja preparado para despesas extras e emergências;
  9. Tenha metas de investimento e as acompanhe periodicamente;
  10. Comece hoje a poupar, e não “só no mês que vem”. Utilize os juros compostos a seu favor.

Faz-se necessário vencer o conflito interno do ser humano: gastar no presente contra aplicar esse valor para que no futuro possa usufruir em escala maior da receita gerada. Para que possamos escolher o momento certo e aumentar a qualidade de nosso gasto, devemos conhecer melhor as possibilidades de investimentos e avaliarmos os riscos e retornos de cada situação.

Desse modo, conseguiremos escolher a melhor opção e cada vez mais aprender com nossos resultados (positivos ou negativos). E, claro, com isso passar de uma pessoa consumista a um investidor[bb] disciplinado e com retornos maximizados – e uma aposentadoria tranqüila. Pesquisas apontam que investimentos como imóveis, câmbio e poupança não são preferência apenas dos mais idosos, mas também dos jovens que continuam totalmente desinformados financeiramente.

Alguns confiam seu dinheiro a indicações de investimentos de seu gerente do banco, onde o mesmo aloca seus recursos nos produtos mais rentáveis para a instituição, como poupança, títulos de capitalização ou fundos com taxa de administração superior a 1% ao ano. Aplicações como títulos públicos, adquiridos através do Tesouro Direto, CDB pré-fixados e vendas cobertas de opções são investimentos desconhecidos pela maioria dos brasileiros.

Muitos investidores também entram no mercado de ações[bb] sem o mínimo conhecimento de técnicas de avaliação ou de, pelo menos, do uso do stop-loss (parada de perda); ou ainda continuam a comprar ações quando em posição perdedora com uma ação em tendência de queda, praticando o chamado “preço médio”. Desconhecem que a recuperação de uma perda pequena é imensamente mais rápida do que uma perda maior.

Imagine que você tem R$ 100,00 e perde 10% desse valor, ficando com R$ 90,00. Se você recuperar 10% de R$ 90,00, ficará com R$ 99,00, ou seja, R$ 1,00 a menos com as mesmas variações. Com isso constata-se que a recuperação percentual sempre deverá ser maior que a perda – e quanto maior a perda, mais difícil será a recuperação.

Na verdade, o valor precisa subir exatamente o que caiu: R$ 10,00 (equivalente a 11,11%). Para recuperar-se, quem precisa subir exatamente o que caiu é o valor e não o percentual. Se a perda for de 50% em R$ 100,00, serão necessários 100% de lucro para os R$ 50,00 retornarem ao valor inicial. Uma perda de 90% requer recuperação de 900%.

Segue tabela ilustrativa, que demonstra o quanto é necessário recuperar para uma perda de X%:

A recuperação de um investimento nem sempre é tão simples

Outro fator importante nos investimentos[bb], também desconhecido por muitos, é o poder dos juros compostos, que faz com que os valores cresçam exponencialmente. Ou seja, além do principal os retornos obtidos também são corrigidos pelos juros do mês subseqüente. Destaco, na tabela a seguir, comparação prática com mesmo capital inicial e mesma taxa de juros, apenas utilizando os diferentes regimes de juros (simples e compostos). Note que para o primeiro período os rendimentos serão iguais, mas em seguida a diferença aumenta consideravelmente:

O poder dos juros compostos em relação aos juros simples

Contudo, é preciso aprender a economizar com disciplina e investir sem erros e de forma inteligente. Por que? Ora, para com isso possuir, em um futuro próximo, a tão sonhada liberdade financeira, onde o dinheiro poderá finalmente trabalhar por você.

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Você acha importante aprender a investir? Se você já investe, que tal nos contar como essa atitude mudou sua vida? Se ainda pretende começar, porque acha que ela vai fazer a diferença? Escolheremos os três melhores comentários deste artigo, onde os leitores deverão citar as principais razões para aprender a investir.

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Leandro Martins é economista com MBA em finanças pela USP e FIPE e com mestrado em economia na Universidade de Grenoble (França). Profissional de Investimento certificado com o CNPI registrado pela CVM, fundador do site www.seuconsultorfinanceiro.com.br e autor do livro “Aprenda a Investir – Saiba Onde e Como Aplicar Seu Dinheiro” (Editora Atlas).

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