A China deveria confiar mais em reformas estruturais e menos em estímulos econômicos para impulsionar o crescimento este ano, disse nesta quarta-feira Liu Shijin, assessor do banco central.
Liu, membro do comitê de política monetária do Banco do Povo da China, disse que a economia pode atingir sua meta de crescimento de cerca de 5% este ano, mas que é necessário um esforço maior tanto no estímulo quanto nas reformas estruturais.
“Não há problema em as políticas macroeconômicas se tornarem moderadamente frouxas e mais proativas, mas há uma tendência de se concentrar apenas nas políticas macroeconômicas e nem mesmo se lembrar de como promover algumas reformas estruturais”, disse Liu em um fórum.
“A relação entre as políticas macroeconômicas e as reformas estruturais talvez precise ser esclarecida.”
Investidores e analistas estão atentos às novas reformas de Pequim para resolver os desequilíbrios econômicos profundamente arraigados.
A economia chinesa pode crescer potencialmente cerca de 5%, com apenas um ponto percentual proveniente do efeito da política econômicas, e o restante das “condições básicas e do ambiente da política institucional”, sugerindo que as reformas são mais importantes, disse ele, acrescentando que algumas reformas poderiam ajudar o crescimento imediatamente.
“Algumas políticas de reforma estrutural também podem ter efeitos imediatos, que podem ser mais rápidos do que algumas políticas macroeconômicas”, disse Liu, em meio a preocupações de que as reformas podem não produzir benefícios econômicos rápidos e que algumas mudanças podem prejudicar o crescimento.
No início da reunião anual do Parlamento na semana passada, o primeiro-ministro Li Qiang anunciou uma meta ambiciosa de crescimento econômico para 2024 de cerca de 5% e revelou medidas modestas de estímulo.