A atividade econômica brasileira registrou crescimento em maio mesmo com o impacto das enchentes no Rio Grande do Sul, de acordo com dados divulgados pelo Banco Central nesta segunda-feira.
O Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br), considerado um sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), avançou 0,25% em maio na comparação com o mês anterior, em dado dessazonalizado.
O BC ainda revisou para cima o dado de abril depois de ter apontado variação positiva de 0,01% antes. O BC passou a ver um desempenho bem melhor, com expansão de 0,26%, mostrando manutenção do ritmo nos dois primeiros meses do segundo trimestre.
Os dados do BC mostram ainda que, na comparação com maio do ano anterior, o IBC-Br teve alta de 1,30%, enquanto no acumulado em 12 meses passou a um ganho de 1,66%, de acordo com números observados.
O PIB do Brasil começou bem o ano, voltando a crescer nos três primeiros meses, mas o segundo trimestre será marcado pelas fortes chuvas que assolaram o Rio Grande do Sul no final de abril e em maio.
No entanto, embora as inundações tenham afetado safras agrícolas, indústrias e a logística no Estado, resultados acima do esperado levaram analistas a avaliar que os impactos negativos foram menores que o esperado na atividade brasileira como um todo.
Em maio, a indústria no Brasil voltou a registrar queda da produção pelo segundo mês seguido, de 0,9% sobre abril. Esse resultado, no entanto, foi compensado pela alta inesperada das vendas no varejo de 1,2%.
Já o volume de serviços interrompeu dois meses seguidos de alta e registrou estabilidade em maio, embora o resultado tenha sido melhor do que o esperado.
Pesquisa Focus realizada pelo Banco Central mostra que a expectativa para a expansão do PIB este ano é de 2,11%, indo a 1,97% em 2025.
O IBC-Br é construído com base em proxies representativas dos índices de volume da produção da agropecuária, da indústria e do setor de serviços, além do índice de volume dos impostos sobre a produção.