A retração da atividade industrial na zona do euro aprofundou-se em abril devido à queda da demanda apesar de as fábricas terem cortado os preços, levando as empresas a reduzir novamente o número de funcionários, segundo uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira.
No entanto, os resultados foram desiguais na região, com a situação se deteriorando na França e na Itália, enquanto que na Alemanha o setor ficou mais perto de se expandir. Já na Espanha atividade expandiu no ritmo mais rápido em quase dois anos, graças a um aumento na demanda.
O Índice Gerentes de Compras (PMI) final do setor industrial da zona do euro do HCOB, compilado pela S&P Global, caiu para 45,7 em abril, em comparação com 46,1 em março, ficando abaixo da marca de 50 que indica crescimento da atividade pelo 22º mês. No entanto, esse valor ficou um pouco acima da estimativa preliminar de 45,6.
Um índice que mede a produção, visto como um bom indicador da saúde econômica, subiu de 47,1 para 47,3 em março, igualando a preliminar.
“A zona do euro continua a apresentar um conjunto misto de indicadores econômicos. A Alemanha, tradicional potência manufatureira, continua a registrar contração”, disse Boudewijn Driedonks, sócio da consultoria McKinsey & Company.
“Pelo lado positivo, a Espanha está emergindo como um centro de atividade industrial. Os recentes investimentos do governo… estão ajudando a Espanha a ser vista como um destino para investimentos internacionais em manufatura e tecnologia.”
Sugerindo que não houve uma reviravolta imediata para os fabricantes da zona do euro, o índice de novos pedidos, abaixo de 50 desde maio de 2022, caiu de 46,0 para 44,1, mínima recorde de quatro meses.
As fábricas esgotaram os estoques de bens comprados e finais e reduziram o tamanho de sua força de trabalho pelo 11º mês.
No trimestre passado, a economia da zona do euro recuperou-se de uma recessão leve e expandiu 0,3% em relação ao trimestre anterior, segundo dados oficiais divulgados na terça-feira.