A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, disse à Reuters nesta sexta-feira que seu plano para um aumento “igualitário” das cotas de contribuição dos países-sócios ao Fundo Monetário Internacional (FMI) tem “grande probabilidade de ser concretizado”, apesar das preocupações levantadas pela China.
Yellen falava em uma entrevista à margem das reuniões anuais do FMI e do Banco Mundial.
“Há um desejo de ver o FMI bem provido de recursos, com cotas maiores e menos dependência de acordos de empréstimo”, disse Yellen.
Pelo plano apoiado pelos EUA, cada país membro do FMI contribuiria para um aumento das cotas proporcionalmente às suas atuais participações, a fim de aumentar o poder de empréstimo do Fundo.
As decisões sobre como mudar a fórmula de participação do FMI seriam deixadas para uma data posterior.
A China e outros grandes mercados emergentes, incluindo o Brasil e a Índia, têm clamado por mais ações e influência no FMI.
Yellen disse que discutiu a questão das cotas na sexta-feira com o presidente do Banco Popular da China, Pan Gongsheng.
“Acho que eles sentem que, com base no tamanho e no papel da China na economia global, deveriam ter uma cota maior”, disse Yellen. “Defendemos que não podemos apoiar um realinhamento ad hoc das cotas-partes, que acreditamos que a fórmula precisa ser revista.”