No último sábado, ministrei meu curso “7 Passos para a construção do seu Planejamento Financeiro”. Nele, abordei os mais diversos temas referentes à vida financeira das pessoas, desde a elaboração do orçamento doméstico até a definição de estratégias de investimento.
Durante oito horas, pudemos trocar ideias sobre absolutamente tudo que diz respeito às finanças pessoais. Os participantes compartilharam suas experiências de vida, suas dificuldades em lidar com dinheiro, suas dúvidas e seus anseios quanto ao futuro financeiro de cada um.
Além de ter ampliado meus conhecimentos a partir da visão das pessoas ali presentes, foi muito interessante constatar de perto algo que sempre digo nas minhas palestras: em se tratando de planejamento financeiro, não existe o certo ou errado, mas sim o mais adequado para cada indivíduo.
Cada pessoa tem a sua remuneração, seus gastos, seus sonhos e suas metas financeiras. Como diria o ditado, “cada um sabe aonde o calo aperta”. E nenhum consultor, por melhor que seja, terá a resposta que você busca, simplesmente porque o único lugar onde essas respostas podem ser encontradas é dentro de você.
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O trabalho de um consultor é orientar, dar as ferramentas, mostrar as possibilidades, mas a decisão final só pode ser tomada por uma pessoa: você! E para que você tome as decisões corretas, é necessário, antes de mais nada, que você conheça bem a si mesmo, suas necessidades, aspirações e perfil.
O planejamento financeiro é de fundamental importância para a vida, pois ele é uma ferramenta que nos permite gerenciar nossas finanças da melhor forma possível. No entanto, por maior que seja a importância do dinheiro em nossas vidas – e que ninguém duvide dessa importância –, ele é apenas parte de um todo bem maior.
Para que possamos tomar as melhores decisões financeiras, precisamos compreender como nós vemos a vida. Quais são as suas prioridades? O que você almeja para o seu futuro? Como você gostaria que fosse sua vida daqui a cinco ou dez anos?
A partir dessas e de outras perguntas (e suas respostas) é que cada um de nós poderá definir a melhor maneira para gerir nosso dinheiro. Que carro comprar? Devo morar de aluguel? Quanto poupar por mês? Onde e como devo investir meu dinheiro? Repare que responder a estas perguntas exige autoconhecimento.
O dinheiro deve trabalhar para nós, ou seja, deve nos ajudar a obter as coisas boas que só ele é capaz de proporcionar. Cabe a você descobrir o que você gostaria que ele te proporcionasse e, a partir daí, traçar seu planejamento para atingir esse objetivo.
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Uma vida financeira próspera não significa necessariamente um conta bancária muito gorda, carros de luxo, mansões, nem nada disso. Significa, sim, que você utiliza os seus recursos da melhor maneira possível para atingir os seus objetivos, independentemente de quanto seja a quantia necessária para isso.
Sem objetivos próprios, você nunca chegará ao sucesso financeiro, mesmo que amealhe milhões de reais, simplesmente porque o sucesso não está em quanto você tem, mas em saber usar o que tem de forma adequada. E a única maneira de fazer isso é conhecendo a si próprio.
Foto “Thinking businessman”, Shutterstock.