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Azul e Gol já devem para os mesmos credores, por que não juntar as operações?

Segundo analistas, uma saída está na aquisição da Gol pela Azul por meio da oferta de ações; papeis sobem cerca de 5%

por Gustavo Kahil
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Gol

As ações da Azul (AZUL4) e da Gol (GOLL4) sobem aproximadamente 5% nesta terça-feira (5) após uma notícia revelar a intenção da primeira de comprar a segunda, que hoje passa por um processo de recuperação judicial desde janeiro nos Estados Unidos.

Segundo a Bloomberg, os bancos Citi e Guggenheim já foram contratados para analisar uma possível oferta.

“Uma fusão entre as duas empresas poderia criar sinergias de receitas e custos, beneficiando as partes interessadas de ambas as empresas”, apontam os analistas Victor Mizusaki, Wellington Lourenço e Larissa Monte, do Bradesco BBI.

Um dos pontos que pode ajudar na união dos negócios está no endividamento de ambas.

Azul
(Imagem: Unsplash/ Cláudio Luiz Castro)

O processo recente de renegociação de dívidas da Azul com arrendadores e fabricantes de aeronaves, finalizado em outubro do ano passado, foi mais bem conduzido que o da Gol, culminando em uma redução de R$ 4,3 bilhões.

Ainda assim, as duas compartilham de uma série de credores. “No limite, se Azul convencer grande parte destes, ficaria mais próxima de seu objetivo”, avalia a Ativa Investimentos em um relatório enviado a clientes.

Desempenho das ações da Azul e da Gol em 12 meses

Vale lembrar que Azul segue com uma situação financeira delicada e seguirá envolvida nos esforços para equalização da sua dívida, como por meio da emissão de ações, durante os próximos anos.

“Desta forma, acreditamos que pelo perfil creditício da empresa (e do setor), dificilmente a empresa teria acesso à dívida para fomentar uma operação desta magnitude. Lhe sobraria assim a possibilidade de avançar rumo a uma proposta por emissão de ações, que iria necessitar da anuência de uma série de minoritários que seriam diluídos e necessitariam passar a acreditar que dispor de uma menor parte de uma empresa maior seria vantajoso”, ressalta a Ativa.

Cade

Com o mercado brasileiro dominado por apenas três companhias aéreas, contando com a Latam (LTM; LTMAY), é possível que o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) coloque “remédios” para aprovar a operação.

Ou seja, apesar de Azul voar em mais de 70% das suas rotas sem sobreposição com a Gol, ambas partilham de “fortíssimo pricing power”, lembra a Ativa. Com isso, o órgão antitruste pode solicitar a venda de algumas.

A Azul aposta que Cade não bloquearia este acordo, justamente por conta da baixa sobreposição de rotas.

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