A administração da Azul (AZUL4) se apressou nesta quinta-feira (29) para divulgar um comunicado com o mercado aberto, às 14h22, para acalmar os ânimos dos investidores ao presenciar uma queda de 25% de suas ações, mas o texto não surtiu efeito algum e os papeis encerraram o dia negociados a R$ 5,50, com desvalorização de 24,14%.
A empresa declarou que desenvolveu um novo plano estratégico para melhorar sua estrutura de capital e liquidez, em resposta aos desafios econômicos atuais que vinha enfrentando. O comunicado veio na sequência de uma reportagem da Bloomberg sugerir que a Azul poderia estar considerando uma oferta de ações e a busca por proteção contra credores nos EUA, através do Chapter 11. A empresa diz que as notícias foram mal-interpretadas.
Em fato relevante divulgado para a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a companhia informou que está em negociações com seus principais stakeholders para otimizar a estrutura de equity, seguindo o plano de otimização de capital do ano passado
“Os stakeholders estão demonstrando apoio e as negociações estão avançando na direção de melhores resultados para todas as partes. Como temos demonstrado consistentemente, a Azul sempre favorece soluções amigáveis e comerciais que maximizam valor para todos os seus stakeholders”, afirma.
A Azul informou ainda que possui a capacidade adicional de captação de recursos, utilizando a Azul Cargo como garantia primária, de até US$ 800 milhões, além de outras fontes de liquidez, lembrando que recentemente o Congresso brasileiro aprovou uma lei que facilita o acesso das companhias aéreas a linhas de crédito com apoio do Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC).
A empresa ainda informou que está mantendo diálogos com o Grupo Abra, acionista controlador da Gol (GOLL4), sobre possíveis parcerias ou fusões com a companhia, mas que até o momento não há nenhum acordo firmado.
Veja o comunicado da Azul