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Azul salta 15% com acordo mais favorável ao minoritário; entenda

Diluição dos acionistas ficaria entre 20 a 22%, implicando em uma emissão de ações a R$ 25,25 e 28,40, versus o nível atual a R$ 5,10

por Gustavo Kahil
3 min leitura
Avião da Azul

As ações da Azul (AZUL4) decolam quase 15% nesta quinta-feira (26) após a empresa ter chegado a um acordo com 90% de seus arrendadores, segundo uma notícia publicada pela Exame.

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De acordo com o texto, o objetivo é renegociar seu instrumento conversível em ações para uma diluição no intervalo de 20 a 22%.

Além disso, isso permitiria um aumento de capital privado de US$ 400 milhões já no próximo mês.

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Alta das ações

Para a XP Investimentos, o evento seria positivo para a Azul e uma importante fonte de alta para as ações no curto prazo.

“Limitar a diluição dos acionistas em 20-22% (implicando em uma emissão de ações a R$ 25,25-28,40/ação), versus os atuais níveis de diluição implícita de ~58% (a R$ 5,10/ação), leva a um corte de ~R$ 1,8 bilhão na dívida (~95% do valor de mercado atual)”, explicam os analistas Pedro Bruno e Matheus Sant’anna.

Finclass

Segundo eles, a notícia sugere ainda uma aceleração do plano de aumento de capital privado da Azul para outubro de 2024, em relação ao inicialmente previsto para entre abril e maio de 2025.

“Também vemos isso como uma indicação positiva devido à posição de liquidez atualmente apertada da empresa”, opinam.

Rating da Azul

A agência de classificação de risco Moody’s rebaixou, na semana passada, o rating da Azul, refletindo os desafios financeiros significativos que a empresa vem enfrentando em 2024. A classificação de crédito corporativa foi reduzida de Caa1 para Caa2, enquanto o rating das dívidas seniores com garantias e sem garantias também foi rebaixado. A perspectiva da empresa passou de positiva para negativa, sinalizando que os riscos para a solvência da companhia podem aumentar no curto prazo.

O rebaixamento reflete os resultados financeiros mais fracos apresentados pela Azul no primeiro semestre de 2024, que resultaram em um significativo consumo de caixa. Durante esse período, a companhia gerou R$ 1,2 bilhão em Ebit, mas enfrentou necessidades de capital de giro elevadas, uma alta carga de dívida e despesas de capital substanciais, levando a uma queima de caixa equivalente a R$ 1,2 bilhão. O caixa disponível da Azul caiu para R$ 1,4 bilhão em junho de 2024, comparado a R$ 1,9 bilhão no final de 2023. 

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