O desempenho positivo no volume financeiro médio diário de negociações na B3 (B3SA3) no mês de agosto provavelmente foi um “voo de galinha”, tendo em vista a iminente mudança no rumo da política monetária a partir de 18 de setembro.
Os números mostraram um crescimento de 10,9% entre julho e agosto e 30% na comparação com o ano anterior.
Foi o maior crescimento sequencial desde agosto de 2022, enquanto o crescimento ano a ano foi o mais alto desde julho de 2023. O volume financeiro médio diário atingiu R$ 28,2 bilhões, sendo R$ 26,9 bilhões no mercado à vista.
O mercado de opções, o segundo maior, apresentou o maior crescimento, sendo 44% mês a mês e 69,5% ano a ano.
“O desempenho positivo foi apoiado por fortes entradas de capital estrangeiro, que atribuímos ao aumento das expectativas sobre o início do ciclo de cortes de juros nos EUA. Apesar do volume mensal mais alto, ainda é cedo para afirmar se esses dados mensais representam uma reversão de tendência para uma trajetória mais positiva para os volumes”, ponderam os analistas da XP Bernardo Guttmann, Matheus Guimarães e Rafael Nobre.
“Como dissemos repetidamente recentemente, é difícil ser otimista sobre um aumento significativo nos volumes de ações no curto prazo, principalmente agora que provavelmente estamos entrando em um ciclo de aperto monetário”, lembram os analistas do BTG Pactual Eduardo Rosman, Thiago Paura e Ricardo Buchpiguel.
Carf
Em outra nota, a B3 informou que a Câmara Baixa do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF) proferiu hoje decisão parcialmente favorável, exonerando a companhia das multas no valor de R$ 268 milhões, na data base de 30
de junho de 2024.
O auto de infração da Receita Federal questionou a amortização no exercício de 2017, para fins fiscais, do ágio gerado
em maio de 2008 por ocasião da incorporação de ações da Bovespa Holding pela companhia.
Já em relação ao mérito, pelo voto de qualidade, o CARF manteve o questionamento do saldo de prejuízos fiscais no valor de R$ 782 milhões.
Veja o comunicado da B3