A crescente bancarização no Brasil e o número de cartões de crédito entre as classes sociais são parte de um estudo realizado pela Febraban (Federação Brasileira dos Bancos), em parceria com a Booz & Company.
Segundo a pesquisa, a crescente bancarização do país ainda não é suficiente para atingir níveis de países europeus, como a Inglaterra e a Espanha, onde os níveis chegam a 97%. O estudo ainda aponta que apenas em 2023 o Brasil alcançará os mesmos níveis de lá.
No ano passado, o número de contas correntes ativas aumentou 6%, uma vez que o número de contas do tipo poupança teve alta de 4%. A atual situação brasileira indica que o nível de bancarização do país é de 55% – índice que pode crescer a cada ano.
Segundo a Federação, a alta tem sido alavancada pela expansão da economia do Brasil, além do acesso facilitado aos meios digitais, como internet banking e mobile banking.
O aumento do número de cartões de crédito, débito e lojas entre as classes A e B também pode estar relacionado a este fator.
De acordo com o estudo realizado pela Febraban essas duas classes ainda estão na frente da classe C, visto que tais meios de pagamento têm abrangência de 88% nas classes A e B, enquanto na C, 68%.
O número destes cartões cresceu 10% entre 2008 e 2012, sendo que o crescimento das transações feitas pelos cartões está acima do aumento do número de cartões, o que mostra uma grande um crescimento do uso do meio.
A Federação aponta que os cartões de débito são mais numerosos que os de crédito e os de redes de loja, com respectivamente 38%, 26% e 36%.
Outro fator que certamente influenciou a intensificação do uso de cartões de pagamento, segundo a Federação, foi a queda dos custos de transações, que baixaram 17,4% em quatro anos. A maior utilização dos meios eletrônicos ajuda a diminuir os custos unitários por transação.
“Entretanto, a grande facilidade aos serviços aumento o número de transações, o que causa uma alta dos gastos totais dos bancos nos últimos anos”, ressalta a divulgação da Febraban.
Regiões
O estudo realizado também mostra que as regiões Norte e Nordeste do país são as que mais registram crescimentos no número de agências, com alta de 8,5% e 6,8% desde 2008, respectivamente.
Fato curioso é que nessas regiões a penetração dos serviços é menor. As regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste tiveram níveis em patamares semelhantes, em torno de 20 agências para cada 10 mil pessoas economicamente ativas.
Fonte: InfoMoney | InfoMoney. Foto de freedigitalphotos.net.