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Banco Central tem dúvidas sobre aprovação do ajuste fiscal

por Redação Dinheirama
3 min leitura

Está evidente que existem dúvidas no Banco Central sobre a capacidade do governo do presidente interino, Michel Temer, de obter aprovação para as medidas de ajuste fiscal propostas ao Congresso na velocidade necessária para assegurar uma redução dos juros neste ano.

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A desconfiança ficou clara na ata da última reunião do Copom, divulgada nesta terça-feira (26). Na semana passada, o comitê do Banco Central manteve a taxa básica de juros em 14,25% ao ano.

“Todos os membros do comitê enfatizaram que a continuidade dos esforços para aprovação e implementação dos ajustes na economia, notadamente no que diz respeito a reformas fiscais, é fundamental para facilitar e reduzir o custo do processo de desinflação”, afirmou o Copom.

“Não houve consenso sobre a velocidade desses ajustes, o que sugere que constituem, ao mesmo tempo, um risco e uma oportunidade.”

O documento é o primeiro produzido depois que o economista Ilan Goldfajn assumiu a presidência do BC no lugar de Alexandre Tombini, que dirigiu a instituição durante o governo da presidente afastada, Dilma Rousseff.

CEF vai reativar linha de crédito de material de construção

Depois de facilitar financiamentos à casa própria, a Caixa vai reformular a linha de crédito para compra de material de construção, o Construcard. O banco deve anunciar incremento de recursos, taxas menores e estuda até mesmo permitir que o empréstimo seja usado para financiar o custo com a mão de obra. As medidas atendem à orientação do presidente em exercício Michel Temer de liberar as torneiras do crédito para impulsionar a atividade econômica.

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A reformulação do Construcard faz parte de uma série de medidas que a Caixa adotou nos últimos dias para incentivar o setor da construção. Para as famílias, o banco dobrou o limite de financiamento dos imóveis de R$ 1,5 milhão para R$ 3 milhões, e aumentou o percentual que pode ser financiado. Às construtoras, destinou R$ 10 bilhões ao reabrir uma linha específica e passou a permitir que as operações sejam fechadas com 80% da execução das obras. As mudanças entraram em vigor nesta semana.

“Queremos estimular as vendas, aquecer as contratações, animar o setor. Em instância final, é para gerar emprego e renda”, disse o vice-presidente de Habitação da Caixa, Nelson Antônio de Souza.

Brasileiro está gastando menos no exterior

Os brasileiros continuam diminuindo o ritmo de gastos com viagens ao exterior, sinal da crise. No acumulado do ano, entre janeiro e junho, as viagens somam US$ 6,5 bilhões, enquanto no ano anterior elas somavam US$ 9,9 bilhões —uma redução de 34,3%.

Em junho deste ano, foram gastos no exterior por turistas brasileiros US$ 1,372 bilhões, aproximadamente 17% a menos que em junho de 2015.

O encarecimento das viagens por causa da desvalorização do real e a queda na renda dos brasileiros, são os principais fatores que influenciaram o resultado do ano. Nos últimos 12 meses anteriores a junho, o dólar passou de R$ 3,15 para o patamar de R$ 3,45.

A queda nas despesas com viagens é um dos fatores que contribuem para reduzir o déficit do Brasil nas suas transações de bens, serviços e rendas com outros países.

Mercado financeiro

O mercado financeiro avalia a possibilidade de um pacote de estímulos no Japão com certo otimismo. No Brasil, a ata do Copom deixou claro que os juros podem ter uma trajetória de queda mais lenta do que o esperado, visto que a inflação continua a preocupar.

O Ibovespa, principal benchmark da Bolsa de Valores de São Paulo, opera as 11h00 em alta de +1,02% com 57.359 pontos, enquanto o dólar tem valorização de + 0,21%, sendo negociado a R$ 3,28.

 

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