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Banco Central pode “desarmar” a alta da Selic, avalia LCA

"Resta probabilidade nada desprezível de que a Selic nem seja elevada", avaliam os economistas da consultoria

por Gustavo Kahil
3 min leitura
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (BC), Selic

A LCA Consultores avalia que a alta da Selic na próxima reunião do Copom tem uma “probabilidade ligeiramente preponderante”, indicando que a inflação brasileira permanece desafiadora, próxima ao teto da meta. Entretanto, conforme revela o relatório divulgado a clientes nesta terça-feira (27) à noite, há uma chance de o juro continuar em 10,5% ao ano.

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“Resta probabilidade nada desprezível de que a Selic nem seja elevada”, sugere o relatório, especialmente se houver uma descompressão adicional significativa do câmbio até a próxima reunião comitê.

“Em contexto de flexibilização monetária nas economias centrais, o Banco Central poderia desarmar a alta da Selic”, analisa a LCA.

O cenário internacional, com potenciais cortes de juros nos EUA e na Europa, tem oferecido um alívio para as moedas e mercados emergentes. No entanto, no Brasil, essa melhoria cambial tem sido insuficiente para apaziguar as preocupações inflacionárias.

Alta da Selic não será “draconiana”

Ainda que o Federal Reserve (FED) dos EUA esteja considerando iniciar um ciclo de cortes de juros, conforme mencionado pelo presidente Jerome Powell em Jackson Hole, e o Banco Central Europeu (BCE) também planeje reduzir sua taxa básica em setembro, o Brasil enfrenta um contexto distinto.

“Em nossa avaliação, o FED deverá promover uma flexibilização cautelosa de sua política monetária, recorrendo a cortes de 25 pontos por reunião do FOMC. Isso porque não enxergamos, ao menos por ora, riscos iminentes de uma recaída recessiva nos EUA, capaz de provocar uma piora rápida do mercado de trabalho”, destaca a LCA.

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As autoridades brasileiras estão preocupadas com a desancoragem das expectativas inflacionárias, mantendo o foco em atingir o centro da meta de inflação de 3%.

A LCA Consultores prevê que qualquer ajuste na Selic será limitado e não draconiano, devido ao já restritivo cenário monetário do país e ao enfraquecimento esperado de alguns vetores de sustentação da atividade econômica. “O ajuste da Selic que estamos incorporando ao nosso cenário base deverá ficar limitado a algo entre 100 e 150 pontos-base”, explicam.

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