A carteira de crédito dos bancos brasileiros deve crescer 10% em 2024, segundo a Pesquisa de Economia Bancária e Expectativas da Febraban, realizada com 20 instituições financeiras entre 25 de junho e 1 de julho, que mostra uma melhora frente ao prognótico do levantamento anterior, de maio, de avanço de 9,3%.
A revisão para cima do crescimento do crédito total captada na pesquisa pode ser explicada por vários fatores. O segmento mostrou números positivos ao longo do 1º semestre, refletindo o ciclo de queda da taxa Selic e os índices de inadimplência.
Além disso, o mercado de trabalho aquecido e o aumento da massa salarial devem continuar impulsionando as linhas voltadas ao consumo das famílias, disse Rubens Sardenberg, diretor de Economia, Regulação Prudencial e Riscos da Febraban.
A entidade destacou a revisão de alta na projeção da carteira direcionada, de expansão de 10,1% para 11,3% neste ano, com ênfase na linha destinada às empresas, que sofreu a maior revisão de crescimento para cima de 8,7% para 11,7%.
Ainda na carteira direcionada, a expectativa de alta para a carteira com recursos destinados às famílias passou de 10,6% para 10,9%.
A expectativa de expansão para a carteira livre subiu para 9,2% ante avanço esperado de 8,6% na pesquisa anterior, com uma revisão maior na carteira de Pessoas Físicas de +9,5% para +10,6%, que, segundo a Febraban tem se beneficiado do mercado de trabalho aquecido.
A projeção para a carteira livre Pessoa Jurídica ficou praticamente estável em 7,4%.
Em relação à taxa de inadimplência da carteira livre, a pesquisa capturou estabilidade na projeção para 2024, de 4,4%, número que implica uma ligeira queda ante o percentual de 4,6% de maio apurado pelo Banco Central.
Para 2025, a projeção para a alta da carteira total registrou estabilidade em 8,9%, com a manutenção também da perspectiva de alta da carteira com recursos livres em 8,7%.
A previsão para a inadimplência permaneceu em 4,2%.
A Pesquisa de Economia Bancária e Expectativas da Febraban é realizada a cada 45 dias, logo após a divulgação da ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), e mostra a estimativa dos bancos para o comportamento de diversas variáveis da economia ao longo deste anos e do próximo.