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BC da Rússia eleva juros para 12% para dar sustentação ao rublo

Em seu comunicado original, o banco removeu sua orientação agressiva de que consideraria aumentos futuros dos juros, levando alguns analistas a especular que as taxas haviam atingido o pico

por Reuters
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Rublo

O banco central da Rússia elevou sua principal taxa de juros em 350 pontos-base nesta terça-feira, para 12%, uma medida de emergência para tentar interromper a recente queda do rublo após um pedido público do Kremlin de uma política monetária mais rígida.

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A reunião extraordinária sobre ocorreu depois que o rublo despencou além da marca de 100 em relação ao dólar na segunda-feira, pressionado pelo impacto das sanções ocidentais na balança comercial russa e pelo aumento dos gastos militares.

O rublo reduziu os ganhos e passou a recuar 0,5%, a 98,16, mas ainda significativamente acima das mínimas próximas de 102 na segunda-feira, que não eram atingidas desde as primeiras semanas após a Rússia invadir a Ucrânia.

O assessor econômico do presidente Vladimir Putin, Maxim Oreshkin, repreendeu o banco central na segunda-feira, culpando o que ele chamou de política monetária branda pelo enfraquecimento do rublo.

Horas depois das declarações de Oreshkin, o banco anunciou a reunião de emergência, fornecendo ajuda para a moeda.

“A pressão inflacionária está aumentando”, disse o banco em um comunicado nesta terça-feira.

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“O repasse da depreciação do rublo aos preços está ganhando força e as expectativas de inflação estão em alta.”

Apesar de interromper a queda, os analistas concordaram em grande parte que a mudança não terá um impacto duradouro.

“Enquanto a guerra continuar, só piorará para a Rússia, a economia russa e o rublo”, disse Timothy Ash, estrategista sênior de mercados emergentes da Bluebay Asset Management.

Em seu comunicado original, o banco removeu sua orientação agressiva de que consideraria aumentos futuros dos juros, levando alguns analistas a especular que as taxas haviam atingido o pico.

Mas um pouco depois da decisão, o banco emitiu um comunicado adicional: “No caso de fortalecimento dos riscos pró-inflacionários, é possível um aumento adicional na taxa básica”.

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