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BC mantém juros em 14,25% ao ano

por Redação Dinheirama
3 min leitura

O Copom (Comitê de Política Monetária), decidiu manter a taxa básica de juros (Selic) inalterada. De acordo com o comunicado publicado após o fim da reunião, o BC (Banco Central) indica que a Selic permanecerá no patamar de 14,25% nas próximas reuniões.

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“Tomados em conjunto, o cenário básico e o atual balanço de riscos indicam não haver espaço para flexibilização da política monetária.” A decisão foi unânime.

A decisão anunciada nesta quarta-feira (20), já era esperada pela maior parte do mercado financeiro, mas pressões do lado político contribuíram para que alguns analistas avaliassem a possibilidade de um corte. A expectativa maior era pelo comunicado da decisão.

Os juros estão em 14,25% ao ano desde julho do ano passado. A próxima reunião do Copom está marcada para os dias 30 e 31 de agosto, mas a previsão do mercado é de um corte de juros apenas na reunião de 18 e 19 de outubro.

Alimentos fazem prévia da inflação subir

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), registrou alta de 0,54% em julho, após subir 0,40% em junho. Com o resultado, o IPCA-15 acumula aumento de 5,19% no ano. Já a taxa acumulada em 12 meses até julho foi de 8,93%, a mais baixa desde junho de 2015, quando estava em 8,80%.

Os preços dos alimentos saltaram 1,45% em julho. O resultado foi o mais elevado para meses de julho desde 2008, quando a alta no grupo Alimentação e bebidas chegou a 1,75%. Em junho, os alimentos tinham aumentado 0,35%.

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Para FMI Brasil pode precisar aumentar impostos

As condições no Brasil estão começando a melhorar e o crescimento econômico deve voltar em 2017, mas o governo precisa avançar com as reformas, afirmam os economistas do Fundo Monetário Internacional (FMI) em documento para a reunião ministerial do G-20, o grupo dos países mais ricos do mundo, que começa dia 23 na China.

O FMI vê espaço limitado para o Banco Central cortar juros agora e recomenda que o governo do presidente em exercício Michel Temer avance com o ajuste fiscal, incluindo com “medidas tributárias”, forma usada pela instituição para sugerir aumento de impostos, e reforma na previdência.

“O novo governo deve complementar a proposta de um teto para os gastos com medidas tributárias e resolver a rigidez das despesas e mandatos insustentáveis, incluindo na previdência”, afirma o documento do FMI. No Brasil, mais de 90% do Orçamento federal é de gastos atrelados a leis e, por isso, difíceis de serem cortados.

Mercado financeiro

A manutenção dos juros em 14,25% foi um sinal de força da equipe econômica que sofre pressões da área política do governo. A mensagem interpretada pelo mercado é de que possíveis cortes nos juros acontecerão apenas em outubro, sinalizando que os juros irão efetivamente baixar mais lentamente do que o esperado.

O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, opera as 12h010 em alta de +0,27%, com 56.731 pontos, enquanto o dólar tem valorização de +0,26%, negociado a R$ 3,257.

Foto: Agência Brasil

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