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Bilionários brasileiros: Patrimônio dos super ricos avança na pandemia

por Ricardo Pereira
3 min leitura
Bilionários brasileiros: Patrimônio dos super ricos avança na pandemia

Os bilionários brasileiros parecem estar imunes ao que vem acontecendo com a maioria da população durante a pandemia da Covid-19.

A partir de um levantamento da ONG Oxfam, entre 18 de março e 12 de julho, o patrimônio dos 42 bilionários do Brasil passou de US$ 123,1 bilhões (cerca de R$ 629 bilhões) para US$ 157,1 bilhões (cerca de R$ 839,4 bilhões).

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Os números  apresentados  pela Oxfam foram extraídos da lista das pessoas mais ricas da Forbes.

Leia também: 5 hábitos diários dos bilionários que qualquer um pode praticar

América Latina também registra aumento de patrimônio dos bilionários

O comportamento registrado no Brasil também foi apresentado na fortuna dos 73 bilionários da América Latina e Caribe.

A pesquisa registrou que no mesmo período o patrimônio dos super ricos cresceu US$ 48,2 bilhões.

O dado mais relevante da pesquisa é que esse valor equivale a um terço do total de recursos previstos em pacotes de estímulos econômicos adotados por todos os países da região.

Os dados mostrados pela Oxfam, mostram que desde o início das medidas de distanciamento social adotadas para evitar a proliferação coronavírus, oito novos bilionários surgiram na região – um a cada duas semanas.

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Leia também: Como sair do Endividamento ao Investimento?

Realidade diferente para boa parte da população

Aqui no Dinheirama sempre tratamos o assunto riqueza com responsabilidade e muito cuidado.

Acreditamos que é muito natural que pessoas bem-sucedidas tenham naturalmente o crescimento de patrimônio.

Os exemplos de riqueza não podem ser negativos e devem servir para inspirar as pessoas, não o contrário.

Ao mesmo tempo, olhando o atual cenário é difícil lidar com esses números olhando para o que acontece em boa parte do país.

Vejamos:

O número de famílias endividadas atingiu 67,4% em julho, o maior nível da série histórica da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgou hoje (28) a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Os números mostram que o aumento do endividamento das famílias com até 10 salários mínimos de renda, que chegou ao recorde de 69% em julho, acima dos 68,2% de junho e dos 65,4% de julho de 2019.

Já, o grupo de famílias com renda superior a esse patamar teve uma redução do endividamento, chegando a 59,1% em julho, abaixo dos 60,7% em junho. Apesar disso, o percentual ficou acima dos 58,7% de julho de 2019.

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Cresce o número de desempregados no país

O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostrou que 1,19 milhões de vagas foram fechadas no semestre e que o desemprego desacelerou nos últimos meses.

Acompanhando os números dos últimos meses em abril, foram fechados 900 mil postos de trabalho. Em maio, 350 mil. E, em junho, foram 10 mil.

Os números preocupam não apenas porque refletirem um momento do mundo, mas porque a expectativa geral é de que a recuperação pode ser lenta.

Ainda está claro que o país patina em decisões importante que precisam seguir e existem muitas preocupações com o que será da economia quando o pagamento do auxílio emergencial for interrompido.

Ouça: DinheiramaCast – 5 razões para preferir o cartão de débito

Bilionários brasileiros: um exemplo ou uma triste realidade

Está claro que precisamos caminhar para uma realidade onde a diferença entre os poucos bilionários seja atenuada.

Temos uma enorme oportunidade de trabalhar com mais cuidado algumas reformas que ajudem nessa tarefa.

O ajuste fiscal é importante, onde se caminhe para que os mais ricos possam ser taxados de forma justa, já seria uma sinalização importante. Infelizmente, parece que esse não será o caminho adotado.

Foto de Hassan OUAJBIR no Pexels

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