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As Festas, o presente de Natal e os “gatilhos” de final de ano

por Adriana Spacca Olivares Rodopoulos
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As Festas, o presente de Natal e os “gatilhos” de final de anoE lá vamos nós para mais um final de ano. Do ponto de vista da Psicologia Econômica, esse é um período altamente favorável para a gente se meter em enrascadas cujos efeitos podem perdurar até a metade do tão esperado Ano Novo!

Horário de verão, clima agradável, decorações de tirar o fôlego, apelos irresistíveis do tipo “Compre agora e comece a pagar só depois do Carnaval!”, redução de IPI (não vou nem falar do que, né?), restituição do imposto de renda, 13º salário, amigo secreto, presentinhos, presentões, nome limpo (e reabilitado para a tomada de crédito), ufa! É realmente de enlouquecer. Mas, é assim que é. E é assim que sempre será.

Todo esse clima faz com que tomemos decisões sobre consumo muito baseadas em impulsos. Trocando em miúdos, a gente simplesmente não pensa e depois paga o preço durante o primeiro semestre do ano seguinte. Só então a gente consegue começar a colocar as contas em ordem, aproveita algum evento para “limpar o nome” e aí já é quase final de ano de novo e retomamos o ciclo.

Já falei aqui que as armadilhas estão na nossa cabeça e os gatilhos que podem dispará-las estão por aí – e nessa época do ano eles estão em toda parte, até dentro de casa! Portanto, o que nos resta é entrar no “modo defesa” e aguentar a barra até essa fase passar.

O “modo defesa” por si só já nos coloca numa situação muito mais favorável, porque ficamos mais atentos, desconfiados, mais reflexivos e menos vulneráveis. Uma boa forma de entrar no “modo defesa” é verificar o quanto você realmente tem disponível para gastos extras de final de ano.

Temos que lembrar que os meses de janeiro e fevereiro são meses de despesas extras e, ao mesmo tempo, são meses considerados “fracos” para muitos setores da economia. Portanto, uma época em que as despesas sobem e a renda cai. E, apesar disso acontecer, todos os anos, é como se sempre fôssemos pegos de surpresa!

O segundo passo é conseguir aliados. Isso mesmo, reúna a família, explique a situação e, se for caso, negocie apenas o que é negociável. E quando digo família, estou incluindo os filhos. Desta forma, você tem menos chances de se tornar o “chato” e ver seu planejamento ir por água abaixo por sabotagem ou por causa daquele sentimento de culpa que nós pais normalmente temos quando é preciso dizer “NÃO”.

Se mesmo depois dessas providências, você ainda se sentir vulnerável, vale a pena tomar outras precauções.

Deixe o cartão de crédito e o talão de cheques em casa. Utilize apenas dinheiro, e se possível, ande com notas grandes. Se for daqueles que adoram compras pela internet, como eu, prefira o pagamento por boleto. O objetivo aqui é fazer da compra uma atividade menos prazerosa e mais “dolorosa”. Se você duvida, tente.

Outro fator importante é que, quando estamos cansados, estressados, e até com fome, temos mais chances de cair em tentação. Isso acontece porque a parte do nosso cérebro mais intencional e reflexiva funciona com uma espécie de bateria que vai se descarregando ao longo do dia conforme o uso. Por isso, evite fazer suas compras depois de um “dia daqueles”, porque nesse caso você pode até tentar refletir, mas não vão conseguir.

E lá para março, se tudo estiver a contento, comemore! Celebre com a família o seu final de ano bem sucedido! Perceba que a recompensa veio, só que dessa vez numa ordem melhor: primeiro o trabalho, depois a recompensa – ao invés de recompensa e depois dor de cabeça! E lembre-se que essa pode ser uma das maiores lições que você pode ensinar aos seus filhos também!

Um excelente final de ano a todos e, a menos que você realmente ache que o mundo vai acabar em dezembro, deixe para “enfiar o pé na jaca” no ano que vem!

Foto de sxc.hu.

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