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16 Atitudes para Encarar a Economia e Vencer

por Plataforma Brasil
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16 Atitudes para Encarar a Economia e Vencer

Por Gustavo Chierighini, fundador da Plataforma Brasil Editorial.

Caro leitor, em tempos de pessimismo, de ressaca das euforias e de expectativas pelos duros ajustes que virão, o que nos resta? Eu respondo: resta-nos seguir em frente.

Desta vez, sem análises ou ironias, a minha preocupação será exclusivamente com você, ator produtivo desta economia que poderia ser tão mais potente, mas que apesar de tudo resiste – e ainda é, inquestionavelmente, um oceano de oportunidades.

Você nasceu, ganhou uma única vida para viver, e ela vai se encerrar talvez em menos tempo do que você espera. Portanto, já que é assim, e para quem não tem tempo a perder, destaco abaixo uma coletânea de atitudes para não nos tornarmos apenas “mais um” no meio da multidão de insatisfeitos.

  1. Assuma desde já, sem frescuras, uma realidade. A vida é darwiniana (em países em desenvolvimento é darwiniana ao quadrado). Encare desde já de que se encontra em um campo de batalha e pare de divagar;
  2. Não gaste mais do que a sua receita. Isso é difícil? É quase impossível? Problema seu. Caso não consiga colocar essa fórmula em prática, saiba desde já que fracassará.
  3. Enxergue longe, mas preste atenção nos detalhes. Uma visão de fundo, em ampla perspectiva, é muito importante, mas não caia na armadilha de negligenciar os detalhes. É ali, no universo das pequenas coisas, que um projeto encontra a sua morte;
  4. Não se importe com a arrogância ou a pretensão alheia. A maioria das pessoas que você encontra em salas de reuniões e reuniões de negócios não tem soluções para nada, e pouquíssimos conseguem planejar ou implementar algo concretamente. Vivemos em uma era onde a retórica alimenta a retórica;
  5. Não tente agradar a todos, deixe para lá essa história de querer ser “o cara legal”. Sim, você colecionará inimigos e críticos (grande coisa!). Nunca se esqueça que um homem sem inimigos é também um homem sem valor;
  6. Valorize o empreendedor. Quando for questionado pela sua atuação social como empresário, ou o seu empenho em trabalhos voluntários, faça o interlocutor pensar na carga tributária gigantesca e sem retorno do nosso país. Recomende que uma boa atuação voluntária seria nos organizarmos para deixarmos a última posição no ranking de retorno sobre impostos (estamos entre os últimos no ranking dos trinta países que mais arrecadam no mundo);
  7. Organize movimentos sociais inteligentes. Você quer ser socialmente atuante? Ótimo, então organize a resistência ao estatismo brasileiro, que mata a nossa produtividade, burocratiza a vida empresarial e se intromete cada vez mais na sua vida privada. Nada traria melhor resultado para o bem estar social do que atenuar esse estado de coisas;
  8. Encare os obstáculos como aprendizado. Não se iluda, as pedras do caminho surgirão. Muito mais importante do que o batido “blá-blá-blá” sobre aprendizado e superação, entenda que se deseja um lugar ao sol, você deve estar preparado para persistir e prosseguir com o que lhe restou de confiança e recursos por um bom período, antes de ver a luz ao final do túnel;
  9. Seja original, sem ser iludido. Saiba reproduzir de forma rentável e aplicável aquilo que de alguma forma já funciona, mas aos poucos construa o seu espaço próprio, os seus conceitos, o seu produto ou serviço;
  10. Tenha e cultive a sua personalidade. Saiba fugir do senso comum, sem perder o senso crítico. Convicto de seus argumentos e conceitos, tenha a coragem de pensar por conta própria e defender leoninamente suas crenças, sem se preocupar em ser aceito e sem dar bola para “narizes torcidos”, comentários depreciativos ou risadas sarcásticas;
  11. Persista e lide bem com a indiferença. Se deseja inovar, esteja preparado para toda a descrença que originalmente surgirá ao seu redor. Contudo, não seja “bobinho” e mantenha ao menos um pé (e se possível a metade do outro também) firme no chão;
  12. Trabalhe com foco no realizar. Isso significa, em termos empresariais, construir algo que se sustente economicamente, mas menos preocupado com os ganhos financeiros imediatos que podem migrar para o seu bolso. Não se esqueça que o objetivo primordial de um empreendimento é remunerar o capital dos seus sócios – portanto, se a partir de um determinado período não estiver ganhando dinheiro, sim, você fracassou. Parta para outra;
  13. Não se apegue aos modismos de gestão. Desenvolva um estilo próprio, sem se importar com o aval dos “especialistas”. Caso conclua que em determinado momento ou estágio é necessário ser controlador e centralizador, simplesmente aja como tal e ponto final;
  14. Não perca tanto tempo na busca de reconhecimento ou da percepção alheia sobre sua luta empresarial. Isso raramente acontecerá, e saiba desde já que erguer um negócio lucrativo e inovador, que confronta padrões pré-estabelecidos e conceitos vigentes, trará desafetos, inimigos, detratores e muitas críticas antes de dar certo;
  15. Lute pelo seu espaço, mas não se torne um alienado. Resista e permaneça em contato com o noticiário (político e econômico). Não se esqueça, são nos labirintos do poder público que a sua vida é decidida em um país tão estatal como o Brasil;
  16. Aprenda a lidar com a solidão. Logo logo você vai entender do que estou dizendo.

O amigo Conrado Navarro listou outras três atitudes capazes de mudar sua vida financeira (clique para ler). Você tinha a esperança de que na segunda década do século 21 – e após quase vinte anos da estabilização econômica – já estaríamos caminhando para nos transformar em uma economia moderna, madura e com instituições fortíssimas. Eu entendo.

Você acreditava em um cenário cujas instituições fossem embasadas em valores democráticos liberais mais que garantidos, forrado de eficiência estatal a prover o bem estar social. Em resumo, um bom e estável lugar para viver tranquilo e um dia poder morrer em paz. Eu entendo.

Tudo tão legítimo quando surreal. Se um dia chegaremos lá? Obviamente que sim, só não sei se estaremos vivos ou com saúde para presenciar. Contudo, de que adiante nos afundarmos em um poço de lamentações? Nada.

Não estou defendendo aqui a alienação ou a acomodação, muito pelo contrário. Luto pelo fim da apatia, facilmente provocada por decepções tão relevantes. Eu já falei sobre a zona de conforto em uma artigo anterior, que convido você a ler clicando aqui.

Uma outra realidade precisa ser considerada. Em uma terra tão carente de tudo, em uma vida econômica tão disfuncional como a nossa, sobram oportunidades para o destaque individual. Vá e destaque-se! Um abraço e até o próximo.

Foto “Clear strategy”, Shutterstock.

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