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Seguro de Vida: Um Ato de Amor e Humildade em Família

por Conrado Navarro
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Seguro de Vida: Um Ato de Amor e Humildade em Família

José Augusto comenta: “Navarro, há algum tempo um corretor insiste para que eu contrate um seguro de vida com uma cobertura maior, principalmente porque a inflação tem se acelerado e porque as incertezas em relação ao futuro são maiores agora. Devo mesmo fazer um seguro de vida? Atualmente possuo seguro de carro apenas. Obrigado”.

Se você tem família e filhos, pare e pense um pouco neles. Feche os olhos e lembre-se do quanto a presença deles lhe faz bem, do amor que sente por eles e de como é importante que estejam bem e felizes. É uma sensação muito boa, não é mesmo? Respire fundo e curta todas as lembranças que você tem de seus entes queridos.

Agora imagine que amanhã você não poderá mais abraçá-los. Suponha que um acidente, um problema de saúde, uma enfermidade ou um evento trágico tire sua vida e que esse vínculo familiar se rompa de forma triste, dramática. A sensação agora é bastante incômoda, certo?

Agora responda: como viverá sua família se algo assim acontecer com você? Como será a vida de sua família sem você? Você terá deixado algum legado capaz de auxiliar sua família diante do terrível momento de luto e, mais, pela vida toda?

Existem basicamente duas formas de enxergar a questão pontuada pelas perguntas do parágrafo anterior:

  • O irresponsável. O pensamento típico “Se eu morrer, problema de quem ficar vivo” faz todo sentido, mas é de uma insensibilidade (e infantilidade) terrível. Ao ignorar as probabilidades de acontecimentos deste tipo, este indivíduo está decidindo que o futuro de sua família não faz a menor diferença para ele. Consciente disso ou não, ele age como um irresponsável clássico;
  • O líder da família. O pensamento aqui é “Se eu morrer, minha família terá condições de manter seu padrão de vida e buscar alternativas com tranquilidade”. Ao considerar a chance de um evento aleatório e trágico ocorrer, o líder cria condições de sua família seguir vivendo sem interrupção financeira, o que faz uma diferença tremenda diante de um momento de dor.

A síndrome de Super-Homem

Se você tem carro, é provável que tenha também um seguro para este veículo, mas não tenha um seguro de vida. Digo isso porque, segundo a Icatu Seguros, apenas 7% dos brasileiros possui seguro de vida, mas um número bem maior possui carros e seguros para eles. Quantos brasileiros morrem em acidentes de carro todos os anos? Procure saber.

Você é muito otimista, já parou para pensar nisso? Olhe a questão de outra forma: quando acontece um acidente de carro, qual é a primeira pergunta que geralmente fazemos para quem esteve envolvido na situação? “Você está bem?” parece ser a resposta usual, certo? Quem se importa com o carro quando a vida está em jogo?

Pois, se você tem carro, seguro de carro, mas não tem seguro de vida, está se achando o Super-Homem. Em suma, essa decisão mostra que você se importa mais com o carro que com a vida. Mais do que isso, o carro parece ser mais importante que sua própria família. Faz sentido?

Sim, porque se você acredita que vai sobreviver a todos os acidentes de carro que sofrer, preocupando-se assim apenas com a franquia a ser paga e um eventual ressarcimento do valor do bem, você é muito otimista. E irresponsável.

Seguro de vida: tenha para nunca precisar

Um exemplo simples pode ser suficiente para mostrar a importância do seguro de vida. Suponha que você faça uma cobertura de R$ 1 milhão em caso de falecimento para um período de 30 anos, algo que exigirá um pagamento mensal próximo de R$ 150,00 a depender do produto escolhido.

Muitos decidem optar por guardar e investir o valor da parcela, mas como saber até quando vão viver? Ou pior, como saber quando vão morrer? E se você começar a poupar hoje e falecer em, digamos, dois anos? Lá, sua família receberia pouco mais de 3.500,00 guardados por você. Ou R$ 1 milhão corrigidos se você optasse pelo seguro de vida.

Que fique claro que não estou querendo matá-lo antes da hora, caro leitor. O problema é justamente esse: a hora não é conhecida. O ideal é mesmo ter uma apólice de seguro de vida para jamais precisar dela. O ideal é pagar um valor mensal desejando que ele não sirva para nada, mas dormir, agir e viver com a tranquilidade de saber que a família será beneficiada na sua ausência. Isso não desperta em você uma boa sensação?

Conclusão

Até parece que este texto é uma propaganda de seguro de vida. Se você o considerou assim, ou não entendeu nada (a culpa pode ser minha, por não ter sido claro o suficiente) ou é um irresponsável convicto (eu respeito isso numa boa, acredite!).

Este artigo é um apelo pela continuidade da vida, pelo planejamento capaz de manter a dignidade de nossos entes queridos e, com ela, a oportunidade de viver sem dificuldades financeiras depois de um evento trágico como a nossa morte. Insisto: não quero que você morra, mas se você morrer… O que muda para quem fica?

O seguro de vida é uma maneira de demonstrar amor à família, uma mensagem de estima e humildade traduzida em recursos capazes de ajudá-la a passar pelo momento de dor sem preocupações financeiras. Assim como demais apólices de seguro, o ideal é que você e sua família nunca precisem correr atrás dos benefícios.

Assisti uma palestra sobre o tema que faz um alerta muito importante: “As pessoas têm mais medo de voar de avião que de dirigir embriagado (um ou dois copos de cerveja são suficientes para mudar muita coisa)”. A questão é simples: não podemos decidir a hora de morrer, mas podemos decidir ajudar nossa família caso isso aconteça. Obrigado e até a próxima.

Foto “Trust”, Shutterstock.

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