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Você precisa construir sua independência financeira (o INSS não vai dar conta)

por Ricardo Pereira
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Você precisa construir sua independência financeira (o INSS não vai dar conta)

Agora que os efeitos da crise estão sentidos “na pele”, muita gente começou a olhar para o ano de 2015 com a devida cautela. Inflação galopante, risco de apagão e falta de água, desemprego, câmbio volátil, entre outros problemas, serviram para elevar o grau de descontentamento com as perspectivas para o futuro recente.

Fiz essa pequena introdução, falando do cenário atual do pais, mesmo já tendo abordado tudo isso no artigo Crise econômica: oportunidade para quem quer ficar rico, pois a partir dessa constatação do agravamento da crise começamos a receber, aqui no Dinheirama, muitas mensagens perguntando se mesmo com essa perspectiva é possível enriquecer e buscar a independência financeira.

Eu sou um otimista convicto e acredito que sempre existirão boas oportunidades de construir pontes capazes de nos levar a um futuro melhor. Infelizmente, muitos preferem olhar ao redor e apostar na autocompaixão como válvula de escape para os problemas que começam a surgir.

“Dizem que o talento cria suas próprias oportunidades. Mas às vezes parece que a vontade intensa cria não apenas suas próprias oportunidades, mas seus próprios talentos” (Eric Hoffer)

A verdade é que a forma como lidamos com os problemas do dia a dia diz muito sobre como será o futuro. Você certamente leu a frase que diz que “enquanto alguns choram, outros agarram a oportunidades para vender lenços”. Simples assim!

Viver mais e com qualidade de vida

Poucos dias atrás, conversei com um amigo sobre os desafios do futuro e como o fato de que viveremos mais afetará a economia do país. Para fazer sentido, essa expectativa adicional de vida deve ser aproveitada com qualidade. Para isso, devemos pensar em saúde, família, mas também em dinheiro, certo?

Infelizmente, a maioria das pessoas ainda não parou para pensar com a devida preocupação sobre o tema, que anda em voga novamente: nas últimas semanas, muito se falou sobre as dificuldades que o sistema de previdência pública enfrenta, mesmo com o possível final do chamado fator previdenciário.

Fica clara a debilidade do sistema atual e a incapacidade do mesmo em prover aos seus segurados a quantia necessária para uma vida mais longa tanto em termos de idade, quanto em qualidade.

A observação óbvia é a de que quanto mais tempo vivermos, menor será a capacidade do atual sistema de sobreviver e ser realmente útil para este contingente maior de idosos e aposentados. Assim, é importante cuidarmos desde muito cedo e de forma ativa do nosso futuro, criando e explorando outras fontes de renda.

Construindo a própria independência financeira

O melhor cenário é aquele em que as pessoas assumem a responsabilidade de criar seu próprio futuro. Quem continua investindo mesmo nos momentos de crise, por exemplo, está aproveitando os altos juros da nossa economia a seu favor.

Sim, é provável que ao longo do tempo a economia se recupere e o atual cenário de juros se modifique, por isso é fundamental investir sempre e aproveitar as melhores oportunidades de cada período. Disciplina é fundamental para garantir a independência financeira.

Mesmo com as perspectivas problemáticas para o futuro, boa parte das pessoas ainda prefere andar na corda bamba, gastando mais do que ganha e sem a preocupação devida com o que vai acontecer daqui a pouco (os anos passam rápido demais quando somos negligentes com eles).

Para mostrar alguns caminhos interessantes, fiz algumas simulações levando em conta o atual cenário e o rendimento variando 0,1% em três exemplos (de 0,7% a 0,9% ao mês). A ideia é mostrar que quem se prepara para o futuro colhe tranquilidade e alcança a independência financeira.

Alerta: os cálculos são nominais para mostrar o efeito dos juros compostos e não contemplam a inflação projetada nos períodos. Você pode simular (inclusive com inflação) usando nossas planilhas e simuladores gratuitos (clique).

Exemplo 1

  • Investimento inicial: R$ 2 mil;
  • Aportes mensais: R$ 2 mil;
  • Rentabilidade: 0,7% ao mês;
  • Patrimônio em 5 anos: R$ 151.514,43;
  • Patrimônio em 10 anos: R$ 378.758,05;
  • Patrimônio em 20 anos: R$ 1.248.949,95.

Exemplo 2

  • Investimento inicial: R$ 2 mil;
  • Aportes mensais: R$ 2 mil;
  • Rentabilidade: 0,8% ao mês;
  • Valores 5 anos: R$ 156.448,11;
  • Valores 10 anos: R$ 405.597,12;
  • Valores 20 anos: R$ 1.455.693,09.

Exemplo 3

  • Investimento inicial: R$ 2 mil;
  • Aportes mensais: R$ 2 mil;
  • Rentabilidade: 0,9% ao mês;
  • Valores 5 anos: R$ 161.585,82;
  • Valores 10 anos: R$ 434.806,03;
  • Valores 20 anos: R$ 1.703.191,20.

Conclusão

Os valores usados nas simulações acima são apenas exemplos e você pode modifica-los usando nossas planilhas e simuladores. Os números podem ficar longe da sua atual realidade, mas servem para mostrar que os mesmos valores ao longo do tempo, com rentabilidades “ligeiramente” diferentes, proporcionam patrimônios acumulados bem diferentes.

Tenha em mente que estas pequenas diferenças no retorno podem estar também nos custos envolvidos com o investimento que você faz. Pense que você pode investir em um fundo de renda fixa que cobra taxa de administração de 1% ao ano ou comprar títulos diretamente (taxa total de 0,4% ao ano). Uma diferença de 0,6% nos custos, todo ano.

É fundamental começar a investir o quanto antes e escolher com cuidado o investimento para o seu perfil. Opte pela segurança, mas também experimente sair um pouco do tradicional. Muita gente continua investindo na caderneta de poupança, mesmo não conseguindo nem se defender da inflação. É uma decisão ingênua, para dizer o mínimo.

Aposte no conhecimento e na vontade de construir um futuro melhor. Aposte na independência financeira! O INSS, infelizmente, não vai dar conta, então é bom você se preparar sem contar tanto com ele. Combinado? Abraço e até a próxima!

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