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6 Perguntas para responder antes de chamar alguém para ser seu sócio nos negócios

por Conrado Navarro
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6 Perguntas para responder antes de chamar alguém para ser seu sócio nos negócios

Wemerson comenta: “Navarro, eu quero empreender. Já transformei minha ideia num bom plano de negócios, já executei as tarefas iniciais deste plano e até consegui poupar uma quantia boa de dinheiro para poder aplicar no negócio, mas estou com uma dúvida: sigo em frente sozinho ou busco parceiros (sócios) para me ajudarem a alavancar meu negócio? Recebi algumas propostas e estou em dúvidas se devo aceitá-las. Obrigado“.

Sócios e parceiros para um negócio são temas importantes quando falamos de empreendedorismo. Estabelecer parcerias é algo que considero sadio para o bom andamento dos negócios, além de colaborar para a ampliação da rede de contatos (o famoso networking).

Os parceiros devem ter interesses comuns e serem complementares em suas habilidades para, em prol da empresa, estabelecerem tão desejada relação ganha-ganha. Há cuidados envolvidos neste processo que, quando negligenciados, resultam em uma grande perda de tempo e energia para ambos; nos piores casos, podem abalar grande parte do negócio.

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6 perguntas para responder antes de chamar alguém para ser seu sócio nos negócios

Portanto, sim, eu recomendo o estabelecimento das parceiras, mas deixo seis perguntas para você refletir sobre o perfil de seu futuro parceiro (ou sócio).

1. Seu sócio é confiável?

Se ela tem uma reputação duvidosa, que prejudique a criação de uma relação de confiança, esqueça. É importante que esta pessoa seja capaz de cumprir com os compromissos estabelecidos, ainda que isso signifique colocar seus interesses pessoais em segundo plano de forma temporária.

Nunca se una a uma pessoa que seja inconsistente em relação aos seus atos e suas palavras, que seja imprevisível ou que erre constantemente sem reconhecer e aprender com tais episódios. Você precisa de confiança para ter tranquilidade ao gerir e alimentar o negócio, e isso não significa apenas ter alguém “legal” do seu lado.

2. Como é a personalidade do seu sócio?

É desejável que vocês tenham qualidades e habilidades que sejam complementares, mas não pode haver frequente confronto entre as personalidades de vocês. Pergunte-se se é capaz de ficar sentado por horas em uma mesma sala com o candidato a sócio, conversando sobre assuntos de negócios e, principalmente, sobre a vida.

Se você ficar irritado com a maneira como essa pessoa fala ou faz certas coisas, talvez seja melhor não avançar. Atenção porque não se trata de ser alguém agradável ou não; falo de ambição, propósitos, estilo de vida, liderança, perspectivas (pessoais e profissionais) e, principalmente, caráter.

3. Seu sócio é leal?

Lealdade é algo impossível de se comprar, afinal a honra não é algo que está à venda (não deveria estar, pelo menos). Pense no seguinte: se as coisas ficarem realmente difíceis, essa pessoa continuará ao seu lado na luta ou vai tomar outro rumo em busca de proteção e deixá-lo na mão?

Qual é o histórico do possível sócio? É importante saber um pouco de sua história, seus negócios e/ou tentativas de empreender, como as pessoas se relacionam com ele e por aí vai. Será que ele vai mesmo “vestir a camisa”? Lealdade é fundamental.

4. Seu sócio possui ética profissional?

Seu futuro parceiro é do tipo “pau para toda obra”? O que se espera em um parceiro de negócios é que ele tenha iniciativa e que seja capaz de incentivar você e toda a equipe a seguir em frente, mas do jeito certo, sem atalhos e/ou práticas duvidosas e claramente desonestas.

Parece estranho falar de ética como uma qualidade, e acho isso realmente deprimente, mas o fato é que devemos prestar muita atenção ao caráter neste sentido, afinal de contas vivemos em um país viciado em falcatruas. Ninguém se assusta com o “jeitinho”, mas acho isso péssimo. Ética é mais do que fazer o que precisa ser feito; é fazer respeitando pessoas, empresas e o que estiver no entorno.

5. Seu sócio tem uma vida financeira estável?

Este é um assunto complicado, mas necessário e importante. É altamente desejável que seu parceiro também tenha uma vida financeira equilibrada como a sua e que possua recursos próprios suficientes para contribuir no crescimento dos negócios.

Você se sentiria confortável em possuir um cartão de crédito corporativo em conjunto com esta pessoa, ou mesmo em compartilhar a senha da conta da empresa com ela? São muito comuns os casos de empresários que acabam usando a empresa para pagar contas pessoais e misturam as finanças, o que causa ruptura na gestão do negócio e azeda o relacionamento entre sócios.

6. Seu sócio tem valores, vida pessoal e princípios compatíveis com os seus?

Outra coisa complicada, mas essencial. Se você não aprova o estilo de vida de seu parceiro de negócios, que termina por adotar valores e princípios que se chocam aos seus, é grande a chance de enfrentar dificuldades ao lado dele na condução dos negócios.

Acredito que você não deseja lidar com problemas como drogas, jogos ou alcoolismo, bem como disputas conjugais, processos de divórcio e coisas do tipo durante suas negociações ou reuniões empresariais, certo? Empreender por já é, por si só, uma tarefa que nos consome muita energia, então cuidado para não “importar” problemas que não deveriam estar no seu colo.

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Conclusão

Estabelecer uma parceria (ou sociedade) nos negócios é algo útil e até desejável em muitos casos, mas requer uma análise profunda e criteriosa, especialmente no que diz respeito ao caráter e às habilidades a serem somadas no negócio.

Uma sociedade pressupõe aprender a delegar, mas também desapegar. Você está compartilhando decisões para crescer mais (e melhor), mas também está colocando o futuro de sua empresa nas mãos de outra pessoa.

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Você pensou em casamento, certo? É bem por ai! Passe o tempo que for necessário avaliando como será este relacionamento (namorando), experimentem algumas negociações menores e isoladas antes de partirem para algo mais sério (noivado) e, não havendo problemas, siga em frente (casamento).

Ah, mas é certeza que o casamento vai dar certo? Claro que não! Como não acontece com a vida real de muitos casais. A questão é ser tão prudente na escolha do sócio quanto somos na escolha de nossos cônjuges, o que ajuda bastante, embora não seja infalível.

O que você acha disso tudo? Já teve alguma experiência com sócios que queira compartilhar? Use o espaço de comentários abaixo. Obrigado e até a próxima!

Foto “Partners”, Shutterstock.

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