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Pense menos em quanto você ganha e mais em Patrimônio (e a liberdade que ele proporciona)

por Conrado Navarro
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Pense menos em quanto você ganha e mais em Patrimônio

Mariana comenta: “Navarro, esta semana fiquei intrigada. Como acontece em toda empresa, nestes dias eu e outros colegas discutíamos sobre a situação financeira de alguns gerentes. Falávamos sobre as possibilidades de o fulano ganhar tanto e da fulana, mais ainda. Mas uma colega disse: ‘Pouco importa quanto ele ou ela ganha; o que importa é o patrimônio.’ Fiquei pensativa. Explica isso melhor, por favor? Obrigada.”

Antes de começar, quero dizer que vamos falar aqui de patrimônio financeiro. Faço essa ressalva porque o conceito de patrimônio é algo bem amplo. Aqui neste artigo falamos mais sobre isso: Como você define o que é patrimônio?

Bem, vamos adiante! Gostei da frase “Pouco importa quanto ele ou ela ganha; o que importa é o patrimônio”. Realmente, o que importa é o patrimônio financeiro, ou seja, a somatória de tudo o que você possui, menos suas dívidas.

Uma história curiosa

Marcos e Eduardo são amigos desde a infância. Seguiram caminhos diferentes em relação à vida profissional. Marcos, que ama trabalhos manuais relacionados à construção e reformas, se tornou pintor e pedreiro. Eduardo, que era fascinado pelo corpo humano, tornou-se médico.

Depois de anos sem se verem, eles se encontraram. Falaram sobre muitas coisas, inclusive sobre dinheiro. Eduardo ficou surpreso ao saber que Marcos tinha sua própria casa, além de estar no momento construindo oito suítes geminadas na outra metade do terreno.

A ideia era alugar os quartos de forma separada para jovens estudantes, já que ele morava perto de uma universidade. Marcos também ficou surpreso ao ver o carro de Eduardo. Ele dirigia um lindo BMW modelo X6, um carro grande, robusto e muito caro.

Marcos disse: “Parabéns pelo seu sucesso, meu amigo! Com um carro desses, fico imaginando o palácio em que você mora e os inúmeros imóveis de aluguel que você já possui! Quando for construir mais, me chame para trabalhar para você! Vou caprichar!”.

Eduardo sorriu e desconversou, pois não queria dizer ao seu amigo que morava num flat de aluguel em São Paulo e que não possuía muito mais do que o carro e um pouco de dinheiro em sua conta corrente.

Leitura recomendada: Crise e juros altos, uma combinação que pode proteger o seu patrimônio

Rendimentos x patrimônio

Essa história ilustra muito bem a questão. Marcos tinha uma renda baixa quando comparada com a de Eduardo, mas ele tinha um grau elevado de educação financeira: sabia a importância de poupar sempre uma quantia de seus rendimentos.

Depois de alguns anos, investiu o dinheiro poupado em um terreno, e depois de mais alguns anos começou a construir sua casa e os quartos de aluguel. Enquanto isso, Eduardo tinha uma renda alta, mas mantinha uma vida extravagante. Quanto mais aumentava sua renda, mais aumentavam seus luxos.

Viagens frequentes, festas, roupas de grifes famosas, trocas de carro por modelos mais caros e luxuosos todo ano (que por sua vez, geravam despesas enormes com seguros e outros). Isso sem contar o grupo social ao qual pertencia, de pessoas mais abastadas e que sempre o pressionavam para acompanhá-los em seu estilo de vida de alto padrão.

O segredo para construir patrimônio

Vamos analisar o estilo de vida de Marcos. Embora ele ganhasse bem menos que o Eduardo, ele tinha um estilo de vida mais modesto. Nem por isso ele era menos feliz. Ao contrário, com uma agenda flexível e com não mais do que 8 horas de trabalho diário, tinha tempo para sua família e para fazer algumas coisas que gostava.

Gozava de muito boa saúde, e definitivamente o sedentarismo não combinava com seu trabalho. Na verdade, ele e sua família viviam bem com menos do que ele ganhava, e isso era a chave para que pudessem poupar sistematicamente uma quantia de dinheiro, mês a mês.

Usando as palavras de T. Harv Eker, extraídas de seu best-seller Os Segredos da Mente Milionária (aliás, depois clique aqui para participar de um evento com o Harv no Brasil), os quatro fatores determinantes do patrimônio líquido são: rendimentos, poupança (do verbo poupar), investimentos e simplificação. Exatamente o que o Marcos fazia.

Leitura recomendada: Patrimônio: Há os que fazem história e os que contam história – de que lado você está?

Conclusão

Veja que não há nada de muito complexo nisso tudo. Se você se identificou com o Marcos, ótimo! Meus parabéns! Mas se você se identificou com o Eduardo, não entre em pânico, apenas pondere em algumas coisas.

Sua luta não é técnica, nem racional, pois você já sabe o que tem que fazer. Sua luta é emocional e psicológica. Você precisará vencer a pressão social e o seu desejo de consumo e ostentação. Não é fácil, mas a recompensa vale a pena: o dinheiro, se bem utilizado, é um instrumento de liberdade.

Foto “Rich and poor”, Shutterstock.

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