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Compras no exterior: ainda vale a pena mesmo com o dólar nas alturas?

por Isabella Abreu
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Compras no exterior: ainda vale a pena mesmo com o dólar nas alturas?

Nos últimos anos, os EUA, – com preços atrativos e dólar valendo cerca de R$ 2 – foram o paraíso das compras para os brasileiros. Agora, com a moeda norte-americana sendo vendida por mais de R$ 4, surge a dúvida: ainda vale a pena consumir produtos lá fora?

Segundo especialistas, mesmo com a conversão do câmbio, alguns produtos continuam tendo um preço melhor fora do Brasil, mas vale a pena ficar atento ao imposto pago na alfândega, que pode diminuir essa vantagem, deixando os preços menos atrativos.

Para Aldrey Zago Menezes, sócia-fundadora da AZM Assessoria em Câmbio, apesar da alta do dólar, as pessoas seguem viajando, o que mudou foi o perfil do viajante. “Hoje ele viaja não pensando mais em comprar eletrônicos ou renovar o guarda-roupa. O viajante atual realiza o cálculo da compra da moeda pensando em aproveitar mais a viagem, de uma forma mais cultural. Alguns produtos ainda têm preço melhor no exterior mesmo com a alta, como por exemplo o enxoval para bebê”, destaca.

Com o dólar em alta, a pesquisa antes de comprar a moeda para uma viagem internacional pode gerar uma boa economia. “O cliente tem pesquisado bastante e passou a acompanhar o mercado financeiro para entender um pouco melhor o que está acontecendo. Notamos que as pessoas estão cada vez mais curiosas e querendo entender os motivos das oscilações fortes e perspectivas do mercado como um todo”, afirma Aldrey.

Se você tem viagem marcada nos próximos meses, confira algumas dicas para deixá-la mais barata:

1. Planeje a sua viagem

Converse com amigos, pesquise os lugares a serem visitados e calcule qual o valor médio que será gasto por dia.  “Os blogs de viagem sempre indicam aquele lugar gostoso e barato para se hospedar e realizar as refeições. Fique de olho nas promoções de passagens aéreas e pesquise qual a moeda usada no país. Muitas vezes, levar a moeda local é mais barato do que levar dólar, dessa forma não precisará realizar a conversão mais de uma vez”, explica Aldrey.

2. Realize o monitoramento da moeda desejada

“Ao comprar um volume maior é possível conseguir uma cotação mais baixa. Por isso, se for viajar com mais pessoas conversem com a assessoria de câmbio sobre uma cotação melhor no caso da compra em conjunto”, recomenda a sócia da AZM.

3. Evite usar o cartão de crédito

Além do IOF (Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguros), que atualmente está em 6,38%, usar o cartão de crédito no exterior deixa o turista a mercê da variação cambial.

O câmbio calculado é o do dia do fechamento da sua fatura e não o da data da compra, o que pode causar um susto no valor final”, explica Aldrey. Por outro lado, não é recomendado viajar sem o cartão, pois ele pode ser importante em um momento de emergência.

Leitura recomendada: Como usar o cartão de crédito de forma consciente e sem pagar juros

4. Utilize moeda em espécie

A melhor alternativa para fugir do alto percentual do IOF é realizar compras com dinheiro vivo, já que a alíquota dessa operação é bem mais baixa: 0,38%.

5. Aproveite a viagem

“Lembre-se que você está trocando dinheiro para conhecer lugares novos e voltar renovado. Troque experiências, adquira novas memórias e some conquistas. Viajar é investimento!”, ressalta Aldrey.

Dólar alto não inibe compras em sites estrangeiros

O dólar alto não tem impedido os brasileiros de realizar compras online no exterior. Segundo uma pesquisa da companhia de pagamentos digitais PayPal, do universo de internautas que fizeram compras online nos últimos 12 meses, 51% adquiriram produtos somente em sites brasileiros, enquanto 45% fizeram transações tanto no Brasil como no exterior. Os outros 4% restantes apenas compraram em sites estrangeiros.

O patamar é bem parecido com o do ano de 2014, quando o porcentual de transações em sites brasileiros estava em 50%, enquanto as transações no País e no exterior somavam 46% e as exclusivas no exterior estavam em 4%.

“A gente tem observado neste começo de crise que as compras online estão sendo bastante preservadas. Com a desvalorização do câmbio, por exemplo, houve uma migração para países que também tiveram depreciação em suas moedas, como a Ásia”, afirma Renato Pelissaro, diretor de Marketing do PayPal para a América Latina.

Destino das compras. Em virtude da alta do dólar, a China se tornou o destino de 29% dos brasileiros que compram online em lojas estrangeiras. O gigante do comércio oriental também sentiu o impacto da moeda americana e seus preços baixos foram usados como justificativa da escolha por parte de 85% dos consumidores. O país asiático só perde para os Estados Unidos – 31% dos consumidores brasileiros compraram em sites norte-americanos nos últimos 12 meses.

Os segmentos de vestuário, eletrônicos e entretenimento lideram as buscas dos internautas. 61% adquiriram roupas, calçados e acessórios nos últimos 12 meses, enquanto 57% compraram equipamentos eletrônicos de consumo. Itens físicos de entretenimento e educação, como livros, CDs e DVDs, foram a escolha de 52% dos consumidores.

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Foto “Shopper”, Shutterstock.

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