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Consumo: você compra benefícios ou compra status?

por Renato De Vuono
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Consumo: você compra benefícios ou compra status?

Quem nos acompanha sabe que a educação financeira tem em seu vocabulário a repetição exaustiva de palavras como: desapego, simplicidade, racionalidade, minimalismo, compra consciente e por aí vai.

Importante dizer que nada disso significa viver como um frei franciscano, como já disse em outros posts aqui. Definindo a educação financeira de forma simples, fica assim: a capacidade de viver melhor com menos. É fazer o que os esbanjadores fazem, gastando a metade.

E é nesse momento que você precisa se perguntar que tipo de consumidor você é: um que compra a funcionalidade, o benefício e a experiência, ou aquele que compra status? Quer ver como é na prática?

Quem compra um carro pela qualidade da construção, valor de revenda, itens de segurança, reputação do pós-venda, média de consumo e adequação à sua necessidade é do primeiro time.

Quem compra um carro porque ele é de “certa-marca-alemã”, compra status. E esse exemplo se aplica a qualquer coisa, desde roupa até hotéis. É como uma viagem à Disney: você ou aquela celebridade da revista, no fim, têm o mesmo objetivo (ir a Disney), a diferença é que um leitor do Dinheirama vai gastar 4 vezes menos e aproveitar do mesmo jeito.

A educação financeira tem esse papel e permite que você compre experiências e não status; e desse modo possa aproveitar seu dinheiro hoje e sempre.

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Tudo bem eventualmente ter uma “recaída” ou se permitir realizar um sonho, como voar de classe executiva, por exemplo. Mas é importante que a exceção não vire regra e você passe a ser dependente do reconhecimento social efêmero que a compra do status traz consigo, pois é nesse momento que as coisas começam a sair dos trilhos.

Quem compra status não compra para si, compra para os outros; logo, vive para os outros. A razão é deixada de lado e tomada por um sentimento insaciável de ser sempre melhor que o vizinho, o cunhado ou o mundo inteiro.

Como um oásis no deserto, a ilusão de ter sempre o melhor torna-se um vício cuja saciedade não dura mais do que os poucos segundos até sair com o novo carro da loja e descobrir que tem muitos melhores que ele na rua.

Nesse momento começa o estresse financeiro de viver no limite do crédito em nome do tal “estilo de vida” que você imagina adequado para “ser parte” de um determinado ciclo social.

Sem perceber, o que parecia qualidade de vida passar a tirar a paz que costumava fazer parte dos dias de sua família. As coisas perdem o sabor, você vive para pagar contas e prestações… Agora está preso na corrida de ratos. Será que essa é uma vida saudável? A resposta é simples: não.

Status é pagar mais caro por algo que não necessariamente é melhor

Mais dinheiro significa mais trabalho, que por sua vez significa mais tempo despendido – tempo, que é bom lembrar, nunca mais voltará – apenas para pagar o “ágio da marca” e não para pagar algo que será convertido em benefício real para você e para os seus. Faz sentido?

Você pode pensar: “Eu não poupo, mas não gasto mais do que ganho”. Essa é uma verdade parcial, pois compras a crédito significam gastar o que não tem ou ainda não recebeu. Um orçamento familiar estressado é um passo importante para a ruína financeira.

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Imagine se algo acontece a você, de modo que seus rendimentos deixem de entrar, em um quadro que toda sua renda mensal está comprometida com essa vida de luxo? Repito a pergunta: faz sentido? Faz sentido viver para os outros e se afastar das coisas que realmente gosta, sob o risco constante de problemas financeiros e familiares?

Se você acredita que sim e acha que tudo que escrevi até agora é bobagem, desejo sinceramente que encontre aquilo que tanto procura; estamos aqui para apresentar novas ideias para velhas crenças, e não para julgar.

Agora, se você não vê sentido em nada disso, que tal parar de pagar mais por menos e viver a plenitude de uma vida norteada pela praticidade, desapego, e, mais ainda, pela ânsia de viver intensamente cada minuto rodeado por aqueles que realmente importam?

Simplificar não é um processo banal, mas é sem dúvida alguma recompensador. Jamais veja essa decisão como “dar um passo para trás”, “regredir”, muito pelo contrário: é uma correção de curso para navegar em águas muito mais calmas e cristalinas. É trocar uma vida “cheia de coisas” e “vazia de significado” por uma vida “cheia de significado” com apenas as “coisas que realmente interessam”. Topa o desafio?

Por fim, se você achou o texto muito legal, mas já pratica tudo isso, equilíbrio e paz são constantes… Parabéns! Contudo, é bom que tenha lido até aqui para que nunca se esqueça de manter os bons hábitos. Continue assim. Eu fico por aqui, ansioso por nosso próximo encontro. Abração e até a próxima!

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