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Gerenciando os efeitos do lero lero no mundo corporativo

por Plataforma Brasil
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Gerenciando os efeitos do lero lero no mundo corporativo

Por: Gustavo Chierighini, publisher da Plataforma Brasil Editorial.

Vamos lá leitor. Você que agora está aí diante deste texto provavelmente é um empreendedor, e se ainda não é, já deve ter entrado com a documentação (sic).

Ninguém tem tempo para perder

E talvez você não tenha a menor intenção de se tornar um empresário, mas mesmo assim tenta agir com autonomia e iniciativa no seu ambiente de trabalho.

Tudo certo; de uma forma ou de outra você é um indivíduo que não tem tempo para perder.

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Não deixe o seu tempo ser consumido por conversas cosméticas

Como sabemos, o tempo se configura como um recurso por si só. Caro, cada vez mais escasso e precioso. Sim, aqui vale a velha e surrada afirmação: tempo é dinheiro.

E saiba que ele está em perigo. Diante dessa realidade, o seu tempo pode estar sob ataque.

Ele é disputado pelo governo e sua burocracia, clientes, vendedores, parceiros de negócios, pela sua família, entes queridos. Mas até ai não há o que fazer. Faz parte do jogo.

Contudo, saiba que existe um rolo compressor que pode drenar a sua energia e sua disponibilidade de agenda como ninguém ousaria. Trata-se dos arautos dos modismos corporativos.

Eles não querem apenas o seu dinheiro arduamente conquistado. Querem a sua consciência, querem doutrinar os seus valores, e influir na forma como conduz os seus negócios. Eles vão tomar o seu tempo, e nunca mais vão devolver.

Aqui vale uma ressalva, existem sim, alguns modismos que são dotados de consistência, e em pouco tempo transformam-se de modinhas de ocasião em sólidos conceitos.

Como separar modismos baratos de novidades interessantes?

A questão é: quando saber por antecedência que isso vai acontecer? Ou então, como identificar numa nova onda, um conceito antigo, que na verdade você já aplica, mas que agora vem rebatizada com algum nome bobo qualquer?

Para ajudá-lo a gerir esse mosaico de informações que nos despejam na cabeça quase todo dia, evento após evento, preparamos uma lista de cuidados. Vamos lá:

Passo 1

Antes de tudo, diante de qualquer “novidade”, vale a pergunta: Para que servirá isso?

O mesmo questionamento que os especialistas em educação financeira nos recomendam fazer antes de comprar uma bugiganga qualquer.

Leitura recomendada: Empreendedorismo: saindo do papel e “colocando para funcionar”

Passo 2

Esteja sempre atento. Desconfie de qualquer conceito cuja descrição não seja clara, objetiva e direta.

A embromação é o recurso mais precioso dos vendedores do bobajal corporativo.

Passo 3

Avalie o “interior” do novo conceito. Reflita se isso já não tratava de algo conhecido, e eventualmente já aplicado e em operação na sua empresa.

Rebatizar conceitos antigos de gestão é uma eficiente forma de enganar e tomar o seu dinheiro ou tempo.

Passo 4

Caso esteja diante de uma “novidade” que julgou interessante, pense cuidadosamente em sua aplicabilidade.

Nem todas as melhores práticas de gestão são aplicáveis em todas as empresas.

Passo 5

Ao decidir aplicar uma nova prática ou conceito, avalie os riscos de implementação, envolvendo a adesão de sua equipe.

Sem comprometimento com a “novidade” é bem provável que a nova prática acabe por gerar boas piadas nos corredores e quiosques de café.

Canal de vídeos recomendado: TV Dinheirama, o seu canal de educação financeira

Passo 6

Nunca, jamais deixe de fazer um estudo de viabilidade que possibilite mensurar em números o retorno que uma nova prática pode trazer.

Passo 7

Depois de implementada a nova prática, jamais impeça que sua equipe participe criticamente da novidade.

Isso traz o risco da não adesão, mas ao mesmo tempo possibilita a aplicação de ajustes e adaptações, além de preservar a inteligência do seu pessoal.

Passo 8

Não insista em algo que não recebeu adesão real da sua equipe. Caso isso aconteça, é muito provável que o novo conceito não passe de mais uma inutilidade.

Passo 9

Siga a sua intuição e fuja. Caso venha a sentir a sua “voz interior” dizendo baixinho “pense bem, isso me parece meio bobo, meio idiota demais”.

Leitura recomendada: Empresas investem em educação financeira para funcionários

Não faltarão motivos, caso decida passar longe dos modismos

Motivo 1

Implantar práticas de gestão tidas como absolutamente coerentes apenas por conta do seu appeal, deixando de lado qualquer estudo de aderência operacional ou de viabilidade, podem resultar em uma retumbante perda de tempo e de dinheiro.

Motivo 2

O espírito inovador e criativo de uma empresa nasce e se sustenta na maioria das vezes, diante de adversidades, complicações e desafios.

Quando ele morre ou definha diante da fácil importação de soluções mágicas e aparentemente imbatíveis, padece também a própria empresa e sua fertilidade para a inovação.

Motivo 3

Quando o senso crítico de uma empresa morre, sua equipe infantiliza, e mais e mais modismos podem ser incorporados.

Isso torna o cotidiano corporativo em um inferno chato e cansativo, espantando talentos e gente de alto potencial que não estão dispostos a desperdiçar tempo e habilidades em um ambiente tão sem propósito.

Pense bem. No mundo empresarial, nada pode fugir da lógica econômica. Boa sorte e até o próximo!

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