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Moeda digital: entenda mais sobre Bitcoin e criptomoedas

por Conrado Navarro
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moeda digital - bitcoin - Dinheirama

Quer investir e comprar moeda digital? Antes de mais nada, entenda mais sobre Bitcoin, Ethereum e outras criptomoedas.

Você certamente está acompanhando cada vez mais brasileiros falarem de Bitcoin, moedas digitais e criptomoedas, certo?

Mas, o que exatamente isso significa? Será que vamos comprar o pão e o leite de cada dia com criptomoedas?

Ou será que teremos parte de nossa carteira de investimentos e reserva de valor em Bitcoin, Ethereum ou Litecoin, por exemplo?

Com o intuito de compreender melhor o conceito de moeda digital, preparamos esse texto para você. Dessa forma, queremos te ajudar a saber mais sobre as alternativas neste segmento tão em alta.

O que é moeda digital?

Sem dúvida, o Bitcoin é a moeda digital mais famosa e conhecida. Mas, não é a pioneira se considerarmos o conceito e a tecnologia envolvidos.

De acordo com especialistas em criptomoedas do site Bitcoin.org, em 1998 foi sugerido usar criptografia para criar uma espécie de dinheiro digital.

O principal foco desde então é a possibilidade de abrir mão de um órgão central de emissão de moeda. Ou seja, não depender mais do Banco Central, por exemplo.

Nesse sentido, o objetivo da moeda digital é ter as mesmas características do dinheiro que conhecemos hoje:

  1. Em primeiro lugar, servir como meio de troca para transações comerciais;
  2. Em segundo lugar, funcionar como reserva de valor, preservando o poder de compra;
  3. Atuar como unidade de conta. Ou seja, referência para definição de preços e cálculos econômicos.

Entretanto, há controvérsia em relação a estes pontos no que diz respeito às criptomoedas de hoje. No entanto, não há dúvida de que avançamos neste sentido.

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Crédito: Pexels

Como funciona a moeda digital?

Talvez você também já tenha ouvido falar na tecnologia que está por trás das principais moedas digitais: Blockchain.

É como se fosse um compartilhamento criptografado de informações entre computadores. Informações essas que validam cada transação com a moeda digital.

Calma, vou explicar melhor. Os computadores disponíveis mundo afora trabalham em resoluções matemáticas complexas. Eles adicionam informações em blocos digitais.

O nome Blockchain existe porque estes blocos digitais formam uma cadeia de blocos. E esses blocos, ou caixas, funcionam como a escrituração contábil das transações realizadas.

Tudo acontece de forma 100% digital. Ou seja, para usar a moeda digital você precisa ter uma conta online.

No caso do Bitcoin, ou simplesmente BTC, a quantidade total disponível é de 21 milhões de unidades disponíveis.

Mas, este total não está disponível ainda. Os computadores interligados seguem “minerando” até atingir este total.

Moeda digital: Bitcoin

Quais são as moedas digitais? Bom, a mais famosa, principalmente no Brasil, é o Bitcoin (BTC).

Um programador conhecido como Satoshi Sakamoto apresentou o Bitcoin pela primeira vez em 2008.

No documento que ele publicou, foram detalhadas as características da moeda digital e detalhes sobre o Blockchain.

Cerca de um ano depois, os primeiros 50 BTCs foram “minerados”. Criando assim, a primeira oferta da moeda digital.

O crescimento maior veio depois de 2010, com atualizações no sistema de Blockchain. Neste momento, havia mais computadores interligados com a missão de “minerar”.

Podemos dizer que o Bitcoin é a moeda digital pioneira porque é a que se popularizou mais rapidamente.

Sua principal característica é ser um ativo descentralizado. Isto é, sem controle de bancos centrais ou governos.

No entanto, esse fator não garante que você não tenha que informar a Receita Federal, por exemplo, da posse de BTC (e outras moedas).

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Crédito: Pexels

Ethereum

O Ethereum, ou ETH, primeiro surgiu com o nome Ether. Uma falha nas primeiras versões, em 2016, permitiu um roubo milionário.

Depois disso, alguns adeptos do Ether decidiram criar uma moeda digital mais segura. E deram o nome a ela de Ethereum.

A Ether continua existindo com o nome Ethereum Classic. Mas sua popularidade é bem menor que a do Ethereum.

Curiosamente, o Ethereum não surgiu como moeda digital. O objetivo inicial era ser um ativo, uma recompensa para programadores.

A ideia era que programadores do mundo inteiro pudessem transacionar com Ethereum seus projetos e demandas de forma descentralizada.

O ETH também tem o Blockchain como tecnologia para validar as transações. Além disso, novas unidades também requerem o processo de mineração.

Litecoin

Criado em 2011, o Litecoin (LTC) espelhou-se no Bitcoin, mas com foco em mais velocidade no processamento das transações.

Charlie Lee, criador do LTC, queria também que o processo de mineração fosse diferente. Tudo para garantir que mais pessoas pudessem aderir e “produzir” a moeda digital.

Enquanto o Bitcoin chegará a no máximo 21 milhões de unidades, o Litecoin tem um limite maior, de 84 milhões de moedas.

O Litecoin é mais rápido que o Bitcoin para operações cotidianas. No entanto, ainda está longe de ser tão popular.

Moeda digital: valores e cotações

Assim como acontece com a negociação de uma moeda tradicional, como o dólar, por exemplo, o preço da moeda digital varia com a lei da oferta e demanda.

Ou seja, quanto mais atenção o assunto ganha, mais cresce o volume de interessados em adquirir moedas digitais. Com isso, a cotação dispara.

Atualmente, investidores de diferentes classes de ativos passaram também a olhar com atenção para a compra de moedas digitais.

No fim, quanto maior a demanda pelas criptomoedas, mais os compradores terão que pagar para comprá-las.

Como investir em moedas digitais?

O principal e mais comum passo utilizado para investir em criptoativos é através de uma corretora especializada (ou Exchange em inglês).

Para isso, todo o processo de abertura de conta acontece online. E a compra também, sendo feita através de plataforma especializada oferecida pela corretora.

Em alguns casos, você poderá ter também um serviço de carteira digital (wallet). Ou uma solução física para armazenar seu saldo de moedas digitais.

O cadastro na corretora é parecido com o de outra instituição qualquer, em que você inserir dados pessoais e documentos.

Além da forma direta explicada acima, você também já consegue investir em criptomoedas por meio de fundos de investimento.

Assim como os ativos diretos, os fundos também estão disponíveis através de uma corretora de valores. Ou de uma instituição financeira, como um banco.

Por aqui, desde 2018 este tipo de investimento é possível. Tudo regulamentado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Para quem não se vê seguro o suficiente para comprar sozinho, talvez faça sentido começar com pouco dinheiro em um fundo de investimento.

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Crédito: Pexels

Qual moeda digital vai valorizar?

Saber qual a moeda digital que vai ter maior procura e oferecer mais valorização é difícil. Além do mais, esta é a pergunta errada a se fazer.

O que importa é compreender o movimento e fazer parte dele do jeito certo. Muitas empresas começaram a perceber isso.

Algumas companhias investiram em moedas digitais como parte de seu ativo. Já outras passaram a aceitá-las como forma de pagamento.

O banco BNY Mellon, por exemplo, que é o banco mais antigo dos EUA, já tem uma nova unidade especializada em ativos digitais.

A Tesla, empresa de soluções de mobilidade e carros elétricos, comprou o equivalente a US$ 1,5 bilhão em critpomoeda.

No Canadá, já existe um ETF (fundo de índice) negociado em Bitcoin. Estamos falando do Purpose Bitcoin ETF.

Nos Estados Unidos, a gigante dos cartões Mastercard já se organiza para permitir que comerciantes aceitem determinadas criptomoedas através de sua rede.

Moeda digital brasileira a caminho?

Você sabia que o Banco Central (BC) está trabalhando em um estudo para avaliar a possibilidade de lançar uma moeda digital brasileira?

A ideia é que nossa moeda digital oficial apareça até 2022. Mas ela seria uma moeda com emissão por parte do Banco Central, não descentralizada.

Este tipo de moeda é chamada moeda digital emitida por Banco Central. Ou Central Bank Digital Currency (CBDC), em inglês.

Segundo a nota:

O BC pretende investigar os alcances de uma CBDC, assim como os benefícios para a sociedade, considerando as especificidades e os desafios do contexto nacional. A iniciativa avaliará, também, como uma moeda eletrônica pode trazer benefícios complementares aos que estão sendo introduzidos com a implantação do Pix, sistema de pagamentos instantâneos.

Conclusão

O assunto “moedas digitais” está cada vez mais em pauta. Por isso, é importante que estejamos todos muito antenados neste sentido.

A discussão muitas vezes está em torno da função das criptomoedas. Elas serão mesmo como uma moeda tradicional ou um ativo para diversificação?

A resposta depende muito da adoção das moedas digitais. E também da visão que cada cidadão/investidor tem dela.

Aposto que veremos momentos bastante interessantes e desafiadores adiante. E eu já tenho criptomoedas em meu portfólio. E você?

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