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Dinheirama Entrevista: Marcelo Ciampolini, CEO da Lendico

por Redação Dinheirama
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Dinheirama Entrevista: Marcelo Ciampolini, CEO da Lendico

Pedir empréstimo pessoal online é uma prática que se torna cada vez mais comum nesta economia em que fintechs muitas vezes oferecem o que instituições tradicionais não têm conseguido oferecer. Entre as empresas voltadas ao oferecimento de crédito está a Lendico, no mercado desde 2015 e, segundo informado em seu site, com mais de R$ 307 milhões emprestados Brasil afora.

Para entender um pouco melhor como funciona a empresa e também o processo de empréstimo, conversamos com o CEO Marcelo Ciampolini. Ele é formado em Engenharia Naval pela Escola Politécnica da USP e ingressou no mercado financeiro pelo Private Bank do Banco Espírito Santo (Suíça). Depois passou pela Asset Management do Santander Brasil e pela tesouraria do BNP Paribas Brasil. Em 2013, Marcelo saiu do banco para empreender no mercado de fintechs, e em 2015 fundou a Lendico Brasil.

Desde quando a Lendico está no mercado e como você explicaria resumidamente o que a fintech oferece?

Marcelo Ciampolini: Estamos no mercado desde 2015 e oferecemos empréstimo pessoal em um processo totalmente online. Queremos tirar o estigma negativo do crédito e mostrar que um empréstimo bem planejado é uma ótima solução.

Quais as vantagens de se tomar dinheiro emprestado em uma fintech como a Lendico e não no mercado tradicional?

M.C.: O primeiro ponto é a experiência. Como só fazemos empréstimo, todos os nossos esforços são focados em oferecer isso da melhor maneira possível.

Bancos tradicionais possuem diversos produtos e focos. Outra vantagem é que nosso processo de análise é individual. Ou seja, cada cliente terá uma taxa e limite diferente conforme as condições reais de pagamento. Em geral bancos costumam colocar os clientes em cestas em que o bom cliente paga mais caro pelo mau pagador.

Como funciona o oferecimento de empréstimo? Por que as taxas são mais baixas que as do mercado?

M.C.:Todo o processo é feito exclusivamente pelo nosso site. O cliente preenche um formulário que indica uma pré-aprovação em poucos minutos. Depois ele deve preencher alguns dados complementares e fazer o envio de documentos.

Após a aprovação deste processo, basta escolher o valor. o número de parcelas e fazer a assinatura digital. Sobre as taxas elas são, em média, mais baratas que as do mercado tradicional por dois motivos: o primeiro é que pela internet atendemos o Brasil todo direto do nosso escritório em São Paulo, e nossa estrutura enxuta leva a uma economia que é repassada para os clientes. O segundo motivo é que,nos bancos os clientes são classificados em grandes grupos e cada grupo tem uma taxa de juros padrão. Dentro desses grupos há clientes com perfis de crédito diferentes, e os que têm bom histórico de crédito acabam pagando mais caro por causa dos clientes que têm um histórico pior.

Na Lendico nós analizamos cada pedido individualmente, oferecendo uma taxa adequada para cada cliente.

O que vocês avaliam na hora de conceder ou não crédito e como uma pessoa pode melhorar seu perfil na hora de pedir dinheiro emprestado?

M.C.: Uma série de fatores são levados em consideração, e a aprovação, assim como a taxa, prazo e limite vão depender dessa equação. Mas em geral destaco a renda, tipo de contrato de trabalho e o credit score.

Hoje também não oferecemos crédito para negativados.Uma dica para conseguir crédito mais barato não só na Lendico, é possuir um bom histórico de pagamentos. Ou seja, pagar as contas em dia para que a nota de credit score, oferecido por empresas como o Serasa, seja a melhor possível.

Qual o perfil do público que mais costuma procurar a Lendico e quais as principais finalidades para uso do empréstimo?

M.C.: Nosso público é majoritariamente formado por pessoas de 21 a 40 anos, com um equilíbrio entre autônomos e profissionais com carteira assinada. Claro que em geral pessoas com maior costume de fazer compras e operações financeiras pela internet são mais propensas a pegar um empréstimo conosco.

A principal finalidade é pagar dívidas, seguido de pedidos para abertura de novos negócios ou investimento na própria empresa.

Há diferença nas taxas de acordo com a finalidade de uso?

M.C.:Não, mas o motivo pode influenciar na análise. Por exemplo, se a pessoa pedir um empréstimo para investir na própria empresa deve comprovar que essa empresa existe. Assim como alguém que está no cheque especial dificilmente conseguirá um empréstimo para fazer uma viagem.

Como enxerga o panorama futuro para fintechs no Brasil?

M.C.:Estamos em um momento de reconhecimento e consolidação. Ano passado o Banco Central criou uma legislação específica para as fintechs de crédito, o que trouxe muita segurança para o setor.

Ainda representamos muito pouco perto do volume produzido pelos grandes bancos e isso é ótimo, porque significa que ainda temos muito espaço para crescer e trazer mais eficiência para o mercado de crédito brasileiro.

Como enxerga a Lendico ao longo dos próximos anos? Quais as perspectivas?

M.C.: A Lendico já se consolidou como uma das grandes fintechs brasileiras e os nossos planos são de consolidar a nossa marca como a principal fintech de crédito do Brasil. Além disso, estamos trabalhando para ampliar a nossa capacidade de emprestar, ofertando para clientes que hoje ainda não conseguem tomar um empréstimo conosco.

Nosso crescimento ao longo desses anos foi muito grande e sólido, mas ainda existe muito espaço para ocupar.

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