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BNDES aprova R$ 1,1 bi para exportação de jatos da Embraer para os EUA

A operação terá garantia de um seguro de crédito privado oferecido pela agente de seguros Itasca MGA, especializada no segmento da aviação

por Estadão Conteúdo
3 min leitura
Embraer

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou ter aprovado financiamento de R$ 1,1 bilhão para exportação de oito jatos comerciais pela Embraer (EMBR3) para a empresa americana Azorra.

As aeronaves já estavam na carteira de encomendas da Embraer, com previsão de entrega entre dezembro de 2024 e 2025. O empréstimo será destinado à compra de aeronaves dos modelos E190-E2 ou E195-E2.

A Azorra, com sede na Flórida, nos EUA, é especializada na aquisição e no arrendamento de aeronaves para a operação de companhias aéreas comerciais.

O financiamento é o terceiro aprovado pelo BNDES à exportação de aeronaves da família E2 para a companhia americana.

A operação terá garantia de um seguro de crédito privado oferecido pela agente de seguros Itasca MGA, especializada no segmento da aviação.

O seguro de crédito é do tipo Seguro de não Pagamento de Aviação, tradução da sigla ANPI, em inglês. Ele oferece cobertura integral do crédito pelo prazo total da operação, ressalta o BNDES, que adota pela primeira vez essa modalidade de garantia.

A dívida é contratada em dólares, e a conversão para o real é feita na data do pagamento. O montante do negócio não foi divulgado.

O banco de fomento já financiou a exportação de 56 aeronaves da Embraer para Europa, Ásia e Américas em 2024, lembrou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

“Fechamos novos contratos para aviões comerciais e militares. (O banco) Também está apoiando a produção do carro voador da empresa, com fábrica no Brasil e elevada produção tecnológica. São financiamentos que comprovam a eficácia da atuação autônoma, célere e transparente do banco. Na história, o BNDES já apoiou a produção de mais de 1.300 aviões da empresa”, declarou Mercadante, em nota.

‘Essencial’

“O apoio de instituições de crédito como o BNDES é essencial. Temos buscado soluções inovadoras de financiamento de modo a oferecer alternativas mais interessantes para os nossos clientes, fortalecendo nossa posição no cenário global”, disse o vice-presidente executivo Financeiro e de Relações com Investidores da Embraer, Antonio Carlos Garcia, em nota.

Entrave no radar

O financiamento do BNDES às vendas externas de aviões, porém, pode ser afetado por uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC).

A PEC, do deputado Mendonça Filho (União Brasil-PE), dá ao Congresso o poder de apreciar e vetar os empréstimos do banco de fomento a exportações de bens e serviços brasileiros.

O projeto passou pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara no último dia 4.

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