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BNDES aprova R$ 800 milhões para financiar processadora de soja da Copasul

Em 2023, a Copasul movimentou mais de 1,2 milhão de toneladas de soja, com forte impacto econômico no Estado do Mato Grosso do Sul, disse o banco

por Reuters
3 min leitura
(Imagem: Reprodução/REUTERS/Stephane Mahe)

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de 800 milhões de reais à Cooperativa Agrícola Sul Mato-Grossense (Copasul) para a implantação de uma nova unidade de processamento de soja em Naviraí (MS), disse a instituição bancária em nota nesta quinta-feira.

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A nova unidade industrial da Copasul, que representa investimento total de 1,4 bilhão de reais, terá capacidade de processar até 988 mil toneladas de soja ao ano, contemplando também a implantação de um complexo para recebimento, armazenagem e expedição de grãos, segundo o BNDES.

Em 2023, a Copasul movimentou mais de 1,2 milhão de toneladas de soja, com forte impacto econômico no Estado do Mato Grosso do Sul, disse o banco.

O apoio à cooperativa está alinhado à estratégia do banco de ampliar os investimentos em armazenagem nas diversas regiões do país, afirmou o diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luís Gordon.

Ele lembrou que o déficit na capacidade estática de armazenagem do Brasil é de cerca de 126,9 milhões de toneladas, o que reforça a importância desse tipo de investimento, especialmente em regiões onde há maior defasagem.

O financiamento é o primeiro contratado pelo BNDES diretamente com a Copasul e foi viabilizado com uma combinação de diferentes instrumentos. A maior parte do valor é financiado com recursos do próprio banco, pela linha BNDES Finem, sendo o restante complementado por programas agrícolas do Plano Safra — neste caso, o Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA) e o Programa de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção Agropecuária (Prodecoop).

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Aporte em armazenagem

Paralelamente, o BNDES afirmou que planeja aportar até 175 milhões de reais em um novo fundo de investimento em direitos creditórios (FIDC), em parceria com a AGI Brasil, empresa que atua na fabricação de equipamentos para armazenagem de granéis, e com a gestora de recursos Opea Capital.

O FIDC lançado em parceria com a AGI tem perspectiva de financiar até 250 milhões de reais, ao longo de dois anos, para a compra de equipamentos de manuseio e armazenagem de grãos, atendendo principalmente ao segmento de micro, pequenas e médias empresas (MPMEs).

O FIDC oferecerá condições mais vantajosas para regiões em que há maior déficit de armazenagem, podendo chegar a taxa equivalente a CDI mais 1,51% ao ano. O fundo prevê também que pelo menos 60% do valor investido em direitos creditórios seja associado ao segmento de MPMEs.

(Facebook/BNDES)
(Facebook/BNDES)

Em 2023, o BNDES mais que triplicou o número de operações para financiar novas estruturas de armazenagem de grãos no país. Ao longo do ano, o banco aprovou 13 financiamentos para diferentes cooperativas e empresas do agronegócio, totalizando 241,5 milhões de reais.

Já por meio de suas operações indiretas, realizadas pela rede de agentes financeiros credenciados, o BNDES emprestou cerca de 1,7 bilhão de reais no âmbito do Plano Safra 2023/2024 em programas com foco em armazenagem, como o PCA.

O banco respondeu por cerca de 30% dos recursos repassados pelo PCA na atual safra, segundo o comunicado.

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