A onda de calor no Brasil, que levou algumas regiões a atingir os 40°, também traz repercussões para as ações listadas na B3 (B3SA3).
Estima-se um aumento no consumo de energia em 5,8% em relação à média para o mês de setembro, resultado do uso mais intenso de equipamentos de ar-condicionado, ventiladores e outros aparelhos de refrigeração.
A projeção foi elevada em comparação com a semana passada, segundo os dados do ONS (Operador Nacional do Sistema).
As elevadas temperaturas fazem com que o país conviva com uma carga de energia elétrica no último mês do inverno de cerca de 75.000 megawatts-médios (MWm), equivalente às registradas nos meses de verão.
A XP Investimentos reuniu os seus analistas e perguntou: com essa elevação no consumo de energia elétrica, é possível que as ações do setor de energia se beneficiem da onda de calor?
Em sua avaliação, o impacto pode ser encontrado em empresas como Equatorial (EQTL3), Energisa (ENGI11), CPFL (CPFE3), Neoenergia (NEOE3), Copel (CPLE3; CPLE6) e Cemig (CMIG4).
“Esperamos que esse cenário leve a dados fortes de volume nos resultados do 3º trimestre das empresas, refletindo os efeitos da onda de calor”, comentou a analista Maíra Maldonado.
Equatorial
A recomendação é de compra para Copel e Equatorial, sendo que a última é a principal escolha do setor.
“Com vasta experiência em melhorar a eficiência das concessões e capacidade de identificar ativos com potencial de valorização significativo, a Equatorial não dá nenhuma indicação de recuo no seu ritmo quando se trata de aquisições”, destaca.
Segundo ela, embora oportunidades em distribuidoras de energia possam parecer escassas, a recente entrada da companhia no setor de saneamento demonstrou que outros alvos de infraestrutura também estão no jogo.
A Cemig também está na lista de ações sob cobertura da XP, mas a recomendação é de manutenção como reflexo de as ações já estarem bem precificadas.