As bolsas europeias fecharam sem direção única nesta quarta-feira, 11, com os principais mercados acompanhando Wall Street, após investidores calibrarem expectativas e projetarem relaxamento mais moderado por parte do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).
A Bolsa de Frankfurt, por outro lado, manteve dinâmica de alta sustentado por Commerzbank, que teve alta de dois dígitos diante de rumores de fusão com o italiano UniCredit.
Em Londres, o FTSE 100 fechou em queda de 0,15%, aos 8.193,94 pontos. O CAC 40, de Paris, cedeu 0,14%, encerrando em 7.396,83 pontos. E o FTSE MIB, de Milão, fechou em baixa de 0,12%, a 33 174,42 pontos. As cotações são preliminares.
Os mercados acionários da europa chegaram a operar em alta no início da manhã, apoiados pela recuperação nos preços de commodities, mas perderam fôlego na esteira da divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, em inglês) dos EUA. A leitura divergente apontou resiliência do núcleo da inflação americana em agosto, ampliando apostas por corte de apenas 25 pontos-base (pb) do BC norte-americano na reunião da próxima semana e intensificando dúvidas sobre a redução acumulada no ano
Já o DAX, referência em Frankfurt, fechou em alta de 0,34%, a 18 327,57 pontos, impulsionado pelo Commerzbank. A instituição financeira subiu 16,55%, após a Reuters revelar que o CEO do UniCredit, Andrea Orcel, entrou em contato com a gestão do banco alemão para discutir uma potencial fusão.
Mais cedo, o UniCredit já havia revelado a compra de 9% de participação da instituição financeira alemã. O analista da AlphaValue, David Grinsztajn, diz que o racional por trás de uma possível fusão é forte e que o movimento deveria ser bem recebido pelo mercado.
Ainda, o PSI 20, de Lisboa, subiu 1,10%, aos 6.780,30 pontos. Em Madri, o Ibex 35 avançou 0,67%, a 11.278,90.
Na quinta-feira, o destaque ficará por conta da decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) e das falas da presidente da autarquia, Christine Lagarde. É amplamente esperado pelo mercado que o BC corte o juro básico em 0,25 ponto porcentual e isso deve ter impacto limitado nos preços. Também haverá divulgação de projeções de crescimento, que podem ser revisadas para baixo, e inflação.