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BP Bunge recebe aval para fornecer etanol à produção de combustível de aviação SAF

A empresa disse que a certificação do biocombustível produzido na unidade Ouroeste (SP) reforça o papel do etanol produzido a partir da cana

por Reuters
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(Imagem: Pixabay/pasja1000)

A BP Bunge Bioenergia, segunda maior processadora de cana do Brasil, informou nesta sexta-feira que recebeu certificação ISCC Corsia para utilização do seu etanol como matéria-prima para produção de Combustível Sustentável de Aviação (SAF, na sigla em inglês).

A companhia disse que a certificação representa um passo importante para fortalecer os negócios “em uma frente que já é bastante promissora atualmente: a exportação de etanol”.

A empresa já exporta para grandes mercados, como Estados Unidos, Japão, Coreia do Sul e Europa, e agora está apta para atingir um mercado de SAF que deve crescer nos próximos anos, à medida que o setor de aviação busca reduzir suas emissões.

Em comunicado, a empresa disse que a certificação do biocombustível produzido na unidade Ouroeste (SP) reforça o papel do etanol produzido a partir da cana, como uma das soluções para atender a necessidade crescente de descarbonização mundial.

“A solução para transição energética não se fará por um único caminho, são várias rotas, mas o etanol da cana-de-açúcar é a solução que o Brasil já tem disponível, com escala, pronto para utilização e com potencial para diferentes aplicações, como o SAF”, disse o diretor Comercial e de Originação da BP Bunge Bioenergia, Ricardo Carvalho, na nota.

(Imagem: Reprodução/Freepik/@wirestock)
(Imagem: Reprodução/Freepik/@wirestock)

A certificação ISCC (International Sustainability & Carbon Certification) é um sistema mundial que verifica toda a cadeia dos biocombustíveis, desde o cultivo da biomassa até o consumo final, para garantir uma produção sustentável.

Já o programa Corsia é uma iniciativa liderada pela Organização Internacional da Aviação Civil (Icao), agência especializada da ONU, que tem o objetivo de reduzir as emissões de gases de efeito estufa na aviação civil.

A empresa destacou o diferencial do etanol brasileiro extraído da cana, de mais baixo teor de carbono.

“O etanol brasileiro de cana-de-açúcar apresenta vantagens significativas em relação às emissões em sua cadeia de produção, quando comparado ao etanol de milho produzido em outros países o que já é uma vantagem competitiva importante”, disse o gerente comercial de etanol da BP Bunge, Edi Castro.

A BP Bunge Bioenergia projetou há cerca de dois meses processar entre 28 milhões e 29 milhões de toneladas de cana-de-açúcar na safra 2023/24, o que representaria um crescimento de até 16% na comparação com a temporada anterior.

Em agosto, a concorrente Raízen anunciou que recebeu certificação ISCC Corsia Plus, colocando-a como apta para atender essa demanda de SAF com o etanol de cana.

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